Protesto contra novo governo tem confrontos entre manifestantes e policiais na Argentina
Tensões aumentaram quando os oficiais tentaram levar os manifestantes para a calçada, buscando desobstruir uma das vias de Buenos Aires
A capital da Argentina, Buenos Aires, enfrenta momentos de tensão, nesta quarta-feira (20), dia em que ocorre o primeiro grande protesto contra o governo do novo presidente do país, Javier Milei. As manifestações começaram com confrontos entre manifestantes e policiais, principalmente quando oficiais tentaram desobstruir uma das vias da cidade, levando os manifestantes para a calçada. Dias antes, a administração de Milei anunciou um protocolo anti piquetes e ameaçou cortas os benefícios sociais de quem bloqueasse vias e pontes durante protestos.
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Os atos foram organizados por movimentos de esquerda contra o chamado "Plano Motoserra", o pacote de medidas econômicas anunciadas pelo novo presidente para conter os gastos e melhorar o cenário da economia da Argentina.
Pelo novo protocolo antipiquetes anunciado pela ministra de Segurança Patricia Bullrich, no dia 14 de dezembro, as forças federais e o serviço penitenciário federal poderão intervir diante de piquetes e bloqueios, sejam parciais ou totais, de acordo com os códigos processuais vigentes, e as autoridades podem atuar até que todas as ruas e pontes bloqueadas estejam liberadas.
Ainda conforme o protocolo anunciado, os responsáveis, cúmplices e instigadores dos bloqueios devem ser identificados e suas informações serão enviadas para as autoridades competentes. As organizações sociais responsáveis pelos protestos deverão arcar com os custos das operações de segurança. As organizações que participarem frequentemente na criação de piquetes serão colocadas ainda em uma lista do governo.
Manifestantes estrangeiros com residência provisória também terão suas informações serão enviadas para a Direção Nacional de Imigração da Argentina.
Sandra Pettovello, ministra de Capital Humano, afirmou ainda, no dia 18 de dezembro, que o governo irá cortar programas sociais de quem bloquear ruas durante manifestações.
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