Países do Golfo Pérsico pressionam EUA para conter ataques de Israel ao Irã
O presidente dos EUA, Donald Trump, até agora não mostrou sinais de querer conter Israel

Os países do Golfo Pérsico estão solicitando aos Estados Unidos (EUA) que detenham os ataques de Israel ao programa nuclear do Irã. Embora os Estados do Golfo temam o programa nuclear do Irã, a proliferação de mísseis e o apoio a milícias em toda a região, eles também temem a interrupção de suas economias e a possibilidade de que o Oriente Médio mergulhe em mais um conflito.
O presidente dos EUA, Donald Trump, até agora não mostrou sinais de querer conter Israel. Ontem, o republicano descartou a ideia de pressionar o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a parar os ataques.
Os países do Golfo também demonstraram preocupação com a crescente disposição de Israel em usar seu Exército, em vez da diplomacia, para lidar com os antigos problemas da região. Altos funcionários desses países, que apoiaram os esforços diplomáticos anteriores de Trump para resolver o impasse sobre o programa nuclear do Irã, foram pegos de surpresa pelo apoio do presidente a Netanyahu.
Esses países também temem que seu investimento no relacionamento com os EUA, feito durante a viagem de quatro dias de Trump à região no mês passado, não esteja se traduzindo em influência real.
"Até agora, as conversas e canais abertos com o Irã têm sido muito eficazes em prevenir o transbordamento militar para o Golfo, mas agora Israel pôs fim a isso", disse Yasmine Farouk, diretora do Projeto do Golfo e Península Arábica no think tank International Crisis Group. "Há uma posição compartilhada entre os Estados do Golfo de querer conter e parar esta guerra".
O Golfo Pérsico impõe, assim, limites aos EUA, que têm bases aéreas e navais importantes estacionadas em seus países. Os países do Golfo disseram aos EUA e ao Irã que não participarão de nenhum ataque nem permitirão que seu espaço aéreo seja usado para esse fim.
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