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Otan se reúne sob protestos, ameaça da Rússia e guerra entre Israel e Irã

Aliança planeja elevar a meta de investimentos em defesa em meio a pressões de Trump, tensões com a Rússia e protestos globais

Estadão Conteúdo
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A Otan deve oficializar, na cúpula que começa nesta terça-feira, 24, em Haia, na Holanda, o acordo para aumentar os gastos militares para até 3,5% do PIB de cada país-membro. O encontro ocorre sob pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, que deve comparecer. Ele insiste que os aliados se comprometam a investir mais em defesa.

Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, os aliados dos EUA vêm ampliando seus orçamentos militares, mas quase um terço ainda não atingiu a meta atual da Otan, de 2% do PIB.

O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, afirmou ontem, em entrevista coletiva, que se a Rússia atacar qualquer país da aliança nas condições atuais, a resposta "já seria devastadora". Ainda assim, ele argumenta que, diante das crescentes instabilidades geopolíticas, é necessário reforçar os orçamentos de defesa dos países-membros.

O Reino Unido anunciou ontem o compromisso de alcançar a meta de 5% do PIB em gastos com segurança e defesa até 2035, segundo o primeiro-ministro Keir Starmer. "Esta é uma oportunidade para aprofundar nosso compromisso com a Otan e fomentar ainda mais o investimento na segurança e na resiliência da nação", declarou o líder trabalhista. Starmer já havia prometido, em fevereiro, elevar o gasto em defesa para 2,5% até 2027 e para 3% no início da década de 2030.

Apesar do consenso entre os membros, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, enviou uma carta ao secretário-geral da Otan informando que Madri não cumprirá a nova meta de gastos. Segundo ele, obrigar o país a destinar 5% do PIB à defesa "seria contraproducente".

Rutte, no entanto, declarou que a Espanha não tem opção de exclusão e afirmou que a Otan está "absolutamente convencida" de que Madri terá de atingir a nova meta para cumprir seus compromissos com a aliança. "A Otan não tem cláusulas de exclusão ou acordos paralelos. Todos nós temos de contribuir", enfatizou.

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Protestos

O encontro de dois dias também tem como objetivo enviar um recado ao presidente russo, Vladimir Putin, de que a Otan está unida — apesar das críticas de Trump à aliança — e determinada a expandir e atualizar suas defesas para evitar qualquer ataque da Rússia.

Além disso, a cúpula de Haia enfrenta o desafio de manter Trump satisfeito. Questionado se a guerra entre Irã e Israel o levaria a não comparecer à reunião, o presidente americano afirmou que ainda pretende participar.

O encontro ocorre sob o maior esquema de segurança já implementado na Holanda, com milhares de policiais, militares, drones, zonas de exclusão aérea e especialistas em cibersegurança.

Às vésperas da reunião, centenas de pessoas protestaram em Haia contra o aumento dos gastos militares e contra um eventual confronto direto com o Irã. Manifestações também foram registradas nos EUA, França, Paquistão, Grécia e Filipinas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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