Nobel de Economia premia trio por pesquisas sobre bancos e crises financeiras
Ben Bernanke, Douglas Diamond e Philip Dybvig dividirão o prêmio de 10 milhões de coroas suecas (R$ 4,6 milhões)

Três americanos levaram o Prêmio Nobel de Economia 2022 por suas pesquisas sobre bancos e crises financeiras e vão dividir o prêmio de 10 milhões de coroas suecas (R$ 4,6 milhões). Os agraciados Ben Bernanke, Douglas Diamond e Philip Dybvig foram anunciados nesta segunda-feira (10), pela Real Academia Sueca das Ciências, em Estocolmo. As informações são da Revista Istoé e G1 Mundo.
Bernanke é ex-presidente do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos e analisou a Grande Depressão dos anos 30, a pior crise econômica da história moderna, mostrando como os bancos foram "um fator decisivo para que a crise se tornasse tão profunda e prolongada".
"Quando os bancos sucumbiram, informações valiosas sobre os mutuários foram perdidas e não puderam ser rapidamente recriadas. A capacidade da sociedade de canalizar a poupança para o investimento produtivo foi assim fortemente diminuída", comentou a academia sobre a pesquisa de Bernanke.
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A análise de Bernanke também mostrou quais fatores foram importantes na queda do Produto Interno Bruto e descobriu que "fatores diretamente relacionados aos bancos falidos foram responsáveis pela maior parte da recessão" que se seguiu.
Já Diamond e Dybvig desenvolveram modelos teóricos que explicam por que os bancos existem, como seu papel na sociedade os torna vulneráveis aos rumores de seu iminente colapso e como a sociedade pode diminuir essa vulnerabilidade, segundo a academia. Eles apresentaram uma solução para a vulnerabilidade bancária, sob a forma de seguro de depósitos do governo.
Conheça os vencedores
- Ben S. Bernanke, de 68 anos, foi presidente do Federal Reserve (Fed, BC dos EUA) de 2006 a 2014 e trabalha na The Brookings Institution, em Washington, EUA. Ele é especializado em bancos e crises financeiras.
- Douglas W. Diamond, de 68 anos, é professor de finanças, crise financeira e liquidez da Universidade de Chicago, também nos EUA.
- Philip H. Dybvig, de 67 anos, é professor de bancos e finanças na Universidade de Washington.
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