Mulher escapa de cova após ser enterrada viva pelo ex-marido
Vítima relatou que foi atacada em casa após tentar conversar sobre o andamento do divórcio

Uma mulher foi enterrada viva pelo ex-marido em uma área de floresta, no condado de Thurston, Washington (EUA). O xerife da região localizou a vítima atrás de um galpão no jardim de uma casa, pouco antes de 1h (horário local), na última segunda-feira (17). Com informações do Uol.
Young Sook An, de 42 anos, estava visivelmente nervosa e pediu ajuda, afirmando que o ex-marido estava atrás dela para tentar matá-la. Os documentos apresentados ao Tribunal Superior do Condado descrevem que a mulher estava suja, com “uma fita adesiva enrolada no pescoço, na parte inferior do rosto e nos tornozelos", além de "hematomas extensos nas pernas, braços e cabeça".
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A polícia fez buscas na região e localizou o marido, Chae Kyong An, de 53 anos, na terça-feira (18), que é acusado de tentativa de assassinato em primeiro grau, sequestro em primeiro grau e agressão em primeiro grau. O Ministério Público de Thurston informou que o juiz atendeu o pedido do promotor para mantê-lo preso, sem direito a fiança.
Como aconteceu o crime
Young relatou que foi atacada em casa, após tentar conversar com o ex-companheiro sobre o andamento do divórcio. Kyong An amarrou as mãos da vítima atrás das costas com fita adesiva, e prendeu os olhos, coxas e tornozelos da mulher.
No momento em que o suspeito saiu do quarto, ela conseguiu ligar para a polícia usando o Apple Watch, um relógio inteligente, que foi quebrado logo em seguida com um martelo pelo ex-marido, que a arrastou até a garagem.
A vítima conta que foi levada para algum lugar, onde podia ouvi-lo cavando a terra. Até que ele a colocou para fora do veículo e a esfaqueou no peito. "Ela foi drogada e colocada no chão. Ela podia ouvir o marido andando ao redor do buraco e sentiu a terra sendo colocada em cima dela", diz o relatório policial apresentado à Justiça.
Young lutou para respirar dentro da cova, mas ao se contorcer conseguiu retirar a terra do rosto e supôs que estava em uma buraco raso. Ela conseguiu se livrar da fita adesiva e sair da cova. A mulher correu por cerca de 30 minutos, até encontrar uma casa, onde foi ajudada por um morador, que ligou para a polícia.
Ameaças de morte
Ela afirma que já foi ameaçada de morte pelo homem, que disse que "preferiria matá-la a dar a ela o dinheiro da aposentadoria". A polícia obteve o vídeo de câmeras de seguranças de casas vizinhas, onde a van de Kyong An aparece estacionada na casa e depois saindo do bairro, em alta velocidade.
Kyong An ainda não tem prazo para ser julgado, disseram os promotores. Não houve manifestação de seu advogado à imprensa.
(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo de Política)
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