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Mortes por covid-19 este ano já superam números de 2020, aponta Wall Street Journal

Análise do Wall Street Journal mostra que já foram registradas mais de 1,88 milhão de mortes este ano, ultrapassando 2020

Daniel Nardin / O Liberal
fonte

Já morreram mais pessoas de covid-19 este ano do que em todo o ano de 2020, segundo as contagens oficiais, destacando como a pandemia está longe de ter terminado, mesmo num período em que as vacinas conseguiram conter o avanço do vírus nas nações mais ricas. As informações foram divulgadas por Wall Street Journal.

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Foram necessários menos de seis meses para que o mundo registrasse mais de 1,88 milhão de mortes de Covid-19 este ano, de acordo com uma análise do Wall Street Journal dos dados recolhidos pela Universidade Johns Hopkins.

Estes números realçam uma divisão cada vez maior entre nações desenvolvidas e nações em desenvolvimento, à medida que o presidente Biden e os líderes do outro Grupo das Sete economias avançadas se preparam para se reunirem em Inglaterra para discutir os próximos passos na resposta à pandemia.

image Fonte: Universidade Johns Hopkins/EUA

Paradoxo

Enquanto nações ocidentais como os EUA, o Canadá e o Reino Unido celebram o baixo número de casos e o declínio das mortes graças a campanhas de vacinação em massa, a intensificação da pandemia em partes da Ásia e da América Latina impulsionou mais mortes globais. 

“Estamos vivendo o nosso pior momento desde o início da andemia”, disse o presidente argentino Alberto Fernández, no final do mês passado.

A Argentina enfrenta a sua onda mais longa e mais severa, com mais de 500 pessoas mortas por covid-19, em média, todos os dias. O governo implementou novos lockdowns que estão entre os mais severos da América do Sul, incluindo o encerramento do comércio e restrições aos condutores, bem como a suspensão de aulas e cerimónias religiosas.

Os números recolhidos pela Johns Hopkins correspondem às contagens oficiais de mortes por covid-19 de nações de todo o mundo.

Economia vs Saúde

A média mundial de sete dias de novas mortes oficialmente comunicadas tem diminuído nas últimas semanas. Mas a média também ainda se encontra em níveis historicamente elevados, inclusive recentemente se tendo registado cerca de 10 mil mortes por dia, um nível que só foi atingido no final do ano passado. Durante cerca de duas semanas, com início em janeiro, somadas, as nações de todo o mundo registraram em média mais de 14 mil mortes por dia.

O atual cenário da Covid-19 marca uma inversão entre as nações ricas e pobres. Na virada do ano, a Europa e a América do Norte representaram 73% dos casos diários e 72% das mortes diárias. Atualmente, a América do Sul, Ásia e África são responsáveis por mais de 80% dos casos diários e três quartos das mortes diárias, de acordo com uma análise do Wall Street Journal dos números compilados pelo projeto Our World in Data da Universidade de Oxford.

Na América do Sul, o Peru, o país com a taxa de mortalidade per capita mais elevada do mundo, anunciou recentemente uma contagem revista que mostra mais de 94.000 mortes até agora este ano, ultrapassando as 93 mil mortes em 2020. O número médio diário de mortes no Brasil atingiu 3.100 em meados de abril deste ano, o equivalente a 130 mortes por hora e quase o triplo da taxa de pico observada no ano passado. Quase 60% das
cerca de 480.000 mortes de Covid-19 do país vieram apenas este ano.

Variantes do vírus

Um dos principais culpados é uma versão agressiva do covid-19 que se espalhou para sul desde a Amazônia até as principais cidades do país, mostram os dados de Johns Hopkins. O surto de casos resultante sobrecarregou os hospitais locais, o que significa que muitos pacientes gravemente doentes morreram depois de não terem recebido cuidados médicos adequados. Esta variante mais contagiosa, conhecida como Gama, tornou-se também um grande flagelo em toda a América do Sul.

Na Índia, variantes de rápida propagação como Alpha, a variante identificada pela primeira vez no Reino Unido no ano passado, e Delta, identificada pela primeira vez na Índia no final do ano passado, estão por detrás de uma epidemia que adoeceu quase 30 milhões de pessoas e ceifou mais de 359.500 vidas, de acordo com Johns Hopkins. Os médicos preocupam-se especialmente com a variante Delta, que se está a revelar mais virulenta, atingindo os doentes mais jovens com mais força do que em ondas anteriores de infecção.

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