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Mais de 500 golfinhos são mortos em retomada de caça tradicional; entenda

Ativistas dos direitos dos animais da Dinamarca condenam a violência e crueldade envolvidas na matança desses animais marinhos. A questão continua a ser um ponto de discussão e debate tanto local quanto globalmente

Rayanne Bulhões
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Mais de 500 golfinhos foram mortos desde a retomada da polêmica tradição de caça de golfinhos e baleias-piloto nas Ilhas Faroé, no Atlântico Norte, pertencente à Dinamarca. As informações foram repassadas pelas autoridades locais nesta quinta-feira (15) e divulgadas pela AFP.

A prática - chamada de "grindadrap" ou "grind" - visa cercar esses animais marinhos em um semicírculo de barcos de pesca e conduzi-los até uma baía rasa, onde ficam encalhados, para então serem mortos a facadas pelos pescadores. Apesar de ter sido banida há alguns anos, a caça sangrenta é considerada "comum" anualmente, sempre no verão. Já foram cinco caçadas desde maio. 

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"Ontem ocorreram dois 'grinds', um com 266 capturas e outro com 180, de acordo com os primeiros relatórios", informou um porta-voz do governo das Ilhas Faroé.

A organização não governamental (ONG) ambiental Sea Shepherd, que conseguiu interferir na caçada em 2014 com seus próprios barcos, criticou as embarcações da Marinha dinamarquesa. Segundo a ONG, eles estão autorizados a impedir que os ambientalistas interrompam a caçada. Apesar das críticas, a caça ainda conta com amplo apoio nas Ilhas Faroé.

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Os moradores da região afirmam que os animais são fonte de alimento para a população local há séculos e acusam a imprensa e ONGs estrangeiras de desrespeitarem a cultura e as tradições locais. Em 2022, o governo estabeleceu um limite de 500 golfinhos-de-cara-branca do Atlântico que poderiam ser mortos anualmente, após protestos. Mas ativistas dos direitos dos animais condenam a violência e crueldade envolvidas na matança desses animais marinhos. A questão continua a ser um ponto de discussão e debate tanto local quanto globalmente.

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