Grupos gays internacionais rompem com o ativismo trans e criam movimento LGB separado; entenda
O novo movimento, conhecido como LGB, cresce principalmente na Europa e nos Estados Unidos.

Grupos de gays, lésbicas e bissexuais de diversos países têm se organizado em coletivos independentes do movimento LGBTQIA+, criticando a inclusão de pautas trans e alegando que suas demandas estão sendo ofuscadas. O novo movimento, conhecido como LGB, cresce principalmente na Europa e nos Estados Unidos.Saiba mais abaixo.
Nos últimos anos, uma nova divisão interna tem ganhado visibilidade dentro das comunidades de diversidade sexual. Esses grupos defendem um novo ativismo, focado exclusivamente nas demandas LGB, e alegam que questões relacionadas à identidade de gênero têm se sobreposto às discussões sobre orientação sexual.
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O fenômeno, que já ganhou força na Inglaterra, nos Estados Unidos, no Canadá e em alguns países da Europa, tem gerado intenso debate nas redes sociais e em ambientes acadêmicos e políticos. Grupos como o LGB Alliance (Aliança LGB), fundado no Reino Unido em 2019, têm se tornado referência nesse novo posicionamento, ao defender que os direitos de gays, lésbicas e bissexuais precisam de foco próprio, separado das pautas trans.
Críticas ao movimento LGBTQIA+ tradicional
De acordo com os representantes desses coletivos, a sigla LGBTQIA+ se tornou demasiadamente ampla, agrupando realidades muito distintas sob um mesmo guarda-chuva.
Para eles, o debate sobre identidade de gênero (ligado à vivência trans) tem, cada vez mais, sobrepujado discussões sobre orientação sexual como o combate à homofobia, a visibilidade lésbica e os direitos dos bissexuais.
Tensões internas e acusações de transfobia
A posição dos coletivos LGB tem sido duramente criticada por parte do movimento LGBTQIA+ tradicional, que acusa os grupos de promoverem discursos transfóbicos. Para ativistas trans e não binários, a exclusão das pautas de identidade de gênero enfraquece a luta conjunta contra todas as formas de discriminação.
(*Gabrielle Borges, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web de OLiberal.com)
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