Farmacêutica espera disponibilizar mais de 100 milhões de doses contra covid-19 no 1º trimestre
Maioria das doses irá para os Estados Unidos, e o restante para outros países do mundo
Nesta quinta-feira (3), a farmacêutica norte-americana que está desenvolvendo uma vacina contra a covid-19, a Moderna, anunciou que planeja disponibilizar entre 100 e 125 milhões de doses do seu imunizante no primeiro trimestre de 2021. A empresa disse que a maioria das doses irá para os Estados Unidos – 85 a 100 milhões – e entre 15 e 25 milhões para o resto do mundo. As doses do primeiro trimestre estão entre 500 milhões e até 1 bilhão do que a Moderna espera fabricar globalmente em 2021.
A farmacêutica também reafirmou sua expectativa de ter aproximadamente 20 milhões de doses disponíveis nos EUA até o final do ano. Na segunda-feira (30), a empresa solicitou autorização para uso emergencial do seu imunizante à FDA, a agência reguladora dos EUA equivalente à Anvisa brasileira. Ainda não há um contrato com o governo federal ou com Estados brasileiros para a aquisição da vacina da Moderna.
Quanto à eficácia, na última segunda-feira (30), a farmacêutica disse que os resultados completos de um estudo em estágio final mostraram que sua vacina foi 94,1% eficaz, sem preocupações sérias de segurança. "A eficácia da vacina contra covid-19 grave foi de 100%", afirma a Moderna. O resultado mais recente é ligeiramente inferior ao de uma análise provisória divulgada em 16 de novembro, com 94,5% de eficácia. Segundo Tal Zaks, diretor médico da farmacêutica, a diferença não é estatisticamente significativa.
Esta segunda análise foi baseada em 196 casos – 185 eram participantes do grupo de placebo e 11 no grupo que recebeu a vacina. As únicas pessoas que ficaram gravemente doentes – 30 participantes, incluindo um que morreu – receberam o placebo.
"Esta análise primária positiva confirma a capacidade da nossa vacina de prevenir a covid-19 com 94,1% de eficácia e, mais importante, a capacidade de prevenir a covid-19 grave. Acreditamos que nossa vacina fornecerá uma ferramenta nova e poderosa que pode mudar o curso desta pandemia e ajudar a prevenir doenças graves, hospitalizações e morte", disse a CEO da Moderna, Stéphane Bancel.
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