Explosão em universidade nas Filipinas mata 4 e deixa pelo menos 50 pessoas feridas
O Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque, ocorrido durante uma missa

Uma explosão durante uma missa católica em um ginásio universitário no sul das Filipinas resultou deixou quatro pessoas mortas e outras 50 feridas neste domingo (3). As informações são da polícia local. O incidente ocorreu na Universidade Estadual de Mindanao, em Marawi, a maior cidade muçulmana do país, que foi sitiada por militantes islâmicos durante cinco meses em 2017. O Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque, que está sendo investigado pelas autoridades locais.
O tenente-general da polícia, Emmanuel Peralta, confirmou que a explosão foi causada por um dispositivo improvisado, inicialmente deixando nove feridos, mas o número aumentou para 50 nas horas subsequentes. Autoridades filipinas relataram que, no último sábado (2), 11 militantes, incluindo membros do Dawlah Islamiyah-Filipinas, um grupo pró-Estado Islâmico, foram mortos em uma operação militar na província de Maguindanao del Sur.
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O governador de Lanao del Sur, Mamintal Adiong Jr, condenou veementemente o incidente, destacando que ataques terroristas a instituições educativas devem ser repudiados, uma vez que são locais que promovem a cultura da paz. A Universidade Estadual de Mindanao emitiu um comunicado expressando profunda tristeza e choque diante do ato de violência durante a reunião religiosa. As aulas foram suspensas por tempo indeterminado, e a segurança no campus foi reforçada.
O prefeito de Marawi, Majul Gandamra, incentivou a união das comunidades muçulmana e cristã, destacando que a cidade sempre foi símbolo de coexistência pacífica e harmonia.
Estudantes que estavam presentes na missa e ficaram feridos no ataque contaram que a explosão ocorreu durante a leitura da Bíblia e que as pessoas começaram a correr sem entender o que tinha acontecido.
Autoridades acreditam em uma retaliação
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Filipinas, o general Romeo Brawner, acredita que a explosão pode ser uma retaliação à operação militar contra organizações islâmicas. Já o secretário de Defesa, Gilbert Teodoro, mencionou a possibilidade de um componente estrangeiro no ataque. As províncias de Lanao del Sur e Maguindanao del Sur fazem parte da Região Autônoma de Bangsamoro em Mindanao Muçulmano.
O ministro-chefe do governo de Bangsamoro, Ahod Ebrahim, condenou os atos e pediu uma investigação rigorosa.
Apesar do acordo de paz assinado em 2014 com o maior grupo rebelde do país, a Frente Moro de Libertação Nacional, a região continua a enfrentar desafios de grupos insurgentes muçulmanos e rebeldes comunistas.
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