Esposa de Noam Chomsky nega que marido tenha intermediado ligação entre Lula e Epstein

Estadão Conteúdo

A linguista brasileira Valéria Chomsky, esposa do linguista e filósofo americano Noam Chomsky, negou que o marido tenha intermediado uma ligação entre o empresário condenado por crimes sexuais Jeffrey Epstein e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante uma visita de Chomsky na prisão que Lula estava em 2018.

Em um comunicado enviado à CNN Brasil, Valéria classificou a alegação como "infundada e mentirosa". Ela disse que o seu marido não consegue se manifestar sobre o assunto por conta de sequelas de um AVC que ele sofreu em junho de 2023.

"Na qualidade de esposa de Noam Chomsky, participei com ele da visita, em 20 de setembro de 2018, ao presidente Lula na prisão. Esclareço que tivemos de deixar os aparelhos celulares na recepção e fomos revistados pela Polícia Federal antes de iniciar a visita", disse Valéria, em uma nota enviada à CNN Brasil.

A esposa de Chomsky disse que esteve presente durante toda a visita e foi intérprete da conversa entre Chomsky e Lula.

"Qualquer alegação de que teria havido um telefone, durante a visita ou em qualquer ocasião, entre o presidente Lula e qualquer interlocutor intermediado por Noam Chomsky é infundada e mentirosa", completa a nota. O Palácio do Planalto também negou que a ligação tenha acontecido.

E-mails de Epstein

Um dos e-mails do magnata Jeffrey Epstein, condenado por crimes sexuais, cita uma suposta ligação entre o financista e Lula, que teria sido intermediada pelo linguista e teórico da esquerda americano Noam Chomsky.

O e-mail está no arquivo 027406, em meio a mais de 20 mil páginas de documentos ligados a Epstein divulgados nesta semana por um comitê do Congresso dos EUA.

A mensagem, encontrada entre os arquivos publicados por parlamentares democratas dos Estados Unidos traz uma frase curta, em inglês, sem entrar no assunto que teria sido tratado:

"Chomsky me ligou com Lula. Da prisão. Que mundo", escreveu Epstein.

O conteúdo foi divulgado após a Comissão de Supervisão da Câmara dos Representantes liberar trocas de e-mails entre Epstein e nomes conhecidos, como sua antiga parceira Ghislaine Maxwell, atualmente presa por tráfico sexual, e o escritor Michael Wolff, autor de livros sobre Donald Trump.

Nos arquivos, as mensagens ainda fazem menção à eleição brasileira daquele ano. O interlocutor do financista na troca de e-mails, que não tem a identidade revelada nos arquivos, diz: "Diga a ele que meu cara vai vencer a eleição no primeiro turno".

Algumas mensagens abaixo, o financista escreve: "Bolsonaro sic the real deal" (Bolsonaro é o cara).

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