Cientistas descobrem que vida pode passar como filme nos 30 segundos antes da morte; entenda
Os estudiosos monitoraram as ondas cerebrais 30 segundos antes da morte do paciente

Uma equipe de cientistas que monitorava as ondas cerebrais de um paciente com epilepsia descobriram, "acidentalmente", que a vida passa como um filme antes da morte, após o idoso sofrer um ataque cardíaco fatal durante o monitoramento neurológico e o registro de um cérebro morrendo ser capturado. As informações são da BBC.
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No estudo científico, publicado na revista científica Frontiers in Aging Neuroscience na terça-feira (22/02), a equipe revelou que a gravação dos sinais foi feita acidentalmente e que tudo foi capturado nos 30 segundos antes do coração do acometido parar de fornecer sangue ao cérebro. A partir daí, suas ondas cerebrais passaram a seguir o padrão de quando é realizado alguma tarefa de alta demanda cognitiva, ou seja, quando sonhamos e evocamos memórias. "Esta poderia ser uma última lembrança de memórias que tivemos na vida, e elas são reprisadas em nosso cérebro nos últimos segundos antes de morrermos", afirmou o profissional.
Estudo "acidental" não tira conclusões certas
Apesar da descoberta, o cientista revelou que uma conclusão exata não pode ser tirada de um estudo com apenas uma pessoa, e o fato do paciente em questão ser epiléptico, com danos cerebrais como cérebro inchado e hemorragia, complica as coisas. Durante anos após o registro inicial, em 2016, ele procurou casos semelhantes, mas não obteve sucesso, apenas um estudo de 2013, realizado em ratos, pode oferecer algumas pistas. Na análise, os animais passaram a registrar um alto nível de onda cerebral nos 30 segundos antes da sua morte, assim como o paciente. "Acho que há algo místico e espiritual em toda essa experiência de quase morte. E descobertas como esta são um momento pelo qual os cientistas vivem", disse ele.
(Estagiária Paula Figueiredo, sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com)
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