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Chefe do Clima da ONU adverte que 'temos dois anos para salvar o Planeta'

Simon Stiell pede ações urgentes para evitar alterações climáticas desastrosas

O Liberal
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O Secretário Executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, Simon Stiell, enfatizou nesta quarta-feira (10/4) a urgência de medidas para evitar consequências climáticas catastróficas. Ele destacou que governos, líderes empresariais e bancos de desenvolvimento têm um prazo de dois anos para agir decisivamente.

Em seu discurso, Stiell alertou que as mudanças climáticas estão minando as agendas políticas, destacando que o atual aumento das emissões de CO2 relacionadas à energia atingiu níveis recordes em 2023. Isso é especialmente preocupante porque os compromissos atuais de combate às mudanças climáticas não são suficientes para reduzir as emissões globais até 2030.

Os cientistas concordam que é crucial reduzir pela metade as emissões de gases de efeito estufa até 2030 para evitar um aumento de temperatura superior a 1,5°C. Esse limite crítico ajudaria a evitar condições climáticas extremas e calor intenso.

Stiell enfatizou que os próximos dois anos são cruciais para a preservação do planeta. Ele enfatizou a necessidade de uma nova geração de planos climáticos nacionais mais robustos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Segundo ele, a oportunidade ainda está disponível, mas a ação imediata é fundamental.

Pressão para ação climática se intensifica, diz chefe do clima da ONU

No evento sediado pelo grupo de reflexão Chatham House, em Londres, Simon Stiell ressaltou a urgência de avanços por parte das principais economias do Grupo das 20. Essas, responsáveis por 80% das emissões globais, enfrentam o desafio premente de agir diante da crise climática.

Enquanto isso, a meta central das negociações climáticas da ONU em Baku, Azerbaijão, este ano é estabelecer um novo compromisso para o financiamento climático. Esses fundos serão essenciais para auxiliar os países em desenvolvimento na transição para energias renováveis e na luta contra as mudanças climáticas.

Representante da ONU quer próximas COPs menores

As cúpulas da ONU sobre o clima têm crescido em escala nos últimos anos, atraindo não apenas delegações governamentais, mas também milhares de lobistas e representantes empresariais. No entanto, essa expansão gerou críticas, especialmente quando mais de 2 mil lobistas dos combustíveis fósseis compareceram à COP28 no Dubai, no ano passado.

Stiell expressou o desejo de reduzir o tamanho das futuras reuniões da COP, priorizando resultados significativos nas negociações. Ele revelou estar em conversas com o Azerbaijão e o Brasil (em Belém, em 2025), os próximos anfitriões das cúpulas climáticas da ONU, sobre essa questão.

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