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Bruce McArthur: conheça a história do Papai Noel de shopping que matou oito homens no Canadá

Jardineiro de 71 anos foi condenado à prisão perpétua pelos crimes cometidos entre 2010 e 2017

O Liberal
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Um serial killer canadense que também trabalhava como Papai Noel em um shopping. Bruce McArthur é um jardineiro de 71 anos, condenado à prisão perpétua pelo assassinato de oito homens entre 2010 e 2017. A maioria de suas vítimas tinha alguma ligação com o Village, bairro gay de Toronto, e ascendência do Oriente Médio ou do Sul da Ásia. As informações são da BBC Brasil.

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Uma pessoa que teve a sorte de escapar de McArthur foi Sean Cribbin, que o conheceu em julho de 2017, através de um aplicativo de relacionamento. Em certo dia, Cribbin foi até o apartamento onde McArthur morava e desmaiou depois de consumir uma droga ácida conhecida como GHB

"Quando acordei, eu o vi parado, olhando para mim", lembrou Cribbin. "Ele nunca fez qualquer referência ao fato de que fiquei apagado por 20 minutos. Encarei como um encontro ruim", completou. O encontro aconteceu apenas um mês depois de Bruce ter matado sua oitava vítima.

Algum tempo depois, um detetive entrou em contato com Cribbin e disse que havia sido encontrada uma imagem dele no computador de McArthur. "Ele tinha colocado um capuz na minha cabeça e fita adesiva nos meus olhos", descreveu Cribbin, que não sabia da existência da foto. "A mão dele estava sobre um tubo contra minha garganta, e ele tirou uma foto”.

Modus operandi

O ritual de colocar as vítimas para posar era parte do comportamento repetitivo de McArthur. A polícia encontrou pastas numeradas no disco rígido do serial killer, que correspondiam a cada um dos oito homens que ele assassinou. Sabe-se que McArthur usou GHB com pelo menos alguns dos homens que escolheu como alvo.

Outro sobrevivente aos encontros com McArthur foi um traficante da droga, identificado como Joey. Ele contou que visitou a casa de McArthur e usou o entorpecente com ele. "Comecei a me sentir muito estranho. Ele me fazia perguntas esquisitas como: 'Você é próximo da sua família? Você tem irmãos?'". "Fazendo uma retrospectiva, ele provavelmente estava vendo se alguém sentiria minha falta se eu desaparecesse", concluiu.

Vidas secretas

Muitos dos homens assassinados por McArthur nem sempre podiam revelar com quem mantinham relações sexuais devido a questões como formação religiosa e condição ilegal no país. Krishna Kumar, por exemplo, uma das vítimas fatais, teve o pedido de asilo rejeitado depois de fugir do Sri Lanka. Ele nunca foi dado como desaparecido porque seus amigos e familiares temiam que isso pudesse colocá-lo em apuros.

Outra vítima, Abdulbasir Faizi, era de origem afegã e havia chegado ao Canadá como imigrante. Ele morava com a esposa e os filhos e passava grande parte do tempo trabalhando em uma fábrica. Na noite em que desapareceu, ele visitou uma hamburgueria no bairro gay de Toronto, assim como uma sauna

Majeed Kayhan morava perto da área da Church Street, próximo ao Village. Ele se mudou para lá depois de terminar o relacionamento com a esposa. Seus amigos gays o conheciam como "Hameed" e, segundo eles, ele estava em um relacionamento com um homem, que a família de Majeed conhecia como seu "colega de quarto".

Investigação

A detetive Marie-Chatherina Marsot, que investigava o caso de Abulbasir, dado como desaparecido, conta que disse aos colegas que eles podiam estar lidando com um serial killer. "Quando você diz 'acho que descobrimos um serial killer', todo mundo ri. Claro, porque qual é a chance de pegar um serial killer na carreira de um policial? Muito pouca", ressaltou.

"Imediatamente, peguei o telefone e tentei entrar em contato com a polícia de Toronto. Deixei uma mensagem de voz e eles não me ligaram de volta. Eu estava ficando irritada, então enviei um e-mail formal". Mas a polícia de Toronto nunca respondeu às mensagens da detetive. A polícia, por sua vez, diz que não há registro dessa correspondência.

Uma revisão independente do gerenciamento de casos de pessoas desaparecidas pela polícia de Toronto encontrou "falhas graves" na investigação do serial killer, até porque ele já tinha antecedentes criminais por violência. Mas também reconheceu o bom trabalho de determinados oficiais e concluiu que as deficiências não eram "atribuíveis a vieses explícitos ou discriminação intencional".

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