Brasileira transexual é agredida por policiais na Itália; vídeo
Vídeo que viraliza na internet mostra a mulher sendo agredida com cassetete, chutes e gás de pimenta.

Nesta quarta-feira (24), uma mulher transexual brasileira foi agredida por policiais em Milão, na Itália. As agressões aconteceram em via pública, próximo de um escola da cidade, e foram gravadas por testemunhas que estavam no local. O vídeo do ocorrido foi compartilhado nas redes sociais e já conta com mais de 500 mil visualizações.
Na gravação é possível ver as autoridades lançando gás de pimenta, dando pontapés e acertando golpes com um cassetete nas costelas e cabeça da vítima, que estava desarmada. A mulher aparece sentada no chão enquanto três agentes tentam imobilizá-la para realizar as agressões. As imagens registradas são fortes.
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O momento foi filmado por estudantes que estavam na biblioteca da Universidade Luigi Bocconi, na Itália. "Era necessário usar spray de pimenta e cassetetes para parar uma garota desarmada que já havia caído no chão?", escreveu um usuário que compartilhou o vídeo em seu perfil.
Segundo a imprensa europeia, o ocorrido aconteceu por volta das 8h15, seguindo o fuso horário local. A mulher, de 41 anos, não teve sua identidade revelada. De acordo com testemunhas, ela andava pelas ruas ameaçando "transmitir HIV" para transeuntes.
As autoridades italianas ainda investigam o caso e avaliam as medidas a serem aplicadas aos agentes no que consideram ser um "grave episódio". Giuseppe Sala, Presidente da Câmara de Milão, diz que o caso "lhe parece ser sério", porém prefere aguardar um "relatório".
Já o vereador italiano Michele Albiani disse que foi uma violência inaceitável. "Um ataque violento a uma pessoa desarmada é inaceitável", disse o vereador. "As responsabilidades serão esclarecidas. Se não, que confiança se pode ter nas instituições? Somos realmente incapazes de garantir os direitos civis mais básicos? Aguardamos o desenvolvimento das investigações", afirmou.
(*Estagiária Hannah Franco, sob supervisão do editor web em Oliberal.com, Felipe Saraiva)
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