Brasileira de 41 anos é vítima de feminicídio na França; ex-marido é o principal suspeito
Juliana de Oliveira Salomão foi morta pelo ex, que não aceitava o fim do casamento e a matou diante dos filhos
Uma brasileira de 41 anos foi morta a facadas em Émerainville, a cerca de 30 km de Paris, na última quinta-feira (24/10). O ex-marido, Marcelo Salomão, de 44 anos, também brasileiro e considerado o principal suspeito do crime, tentou se enforcar logo após cometer o crime e chegou a ser hospitalizado, mas morreu nesta sexta-feira (25).
O assassinato de Juliana de Oliveira Salomão, de 41 anos, aconteceu na presença dos filhos adolescentes. Ela havia se mudado do Espírito Santo para a França há cinco anos em busca de uma vida melhor e trabalhava em uma empresa de limpeza para sustentar a família.
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A polícia foi acionada por um dos filhos da vítima, de 17 anos, e chegou à casa da família no fim da madrugada de quinta-feira, pelo horário local, como informou o promotor responsável pelo caso, Jean-Baptiste Bladier. Ainda segundo ele, Marcelo ainda estava no imóvel e tentou se enforcar no porão da casa, mas, foi impedido pelos policiais.
“A morte foi claramente resultado de múltiplas facadas”, principalmente no pescoço e na nuca, acrescentou o promotor. “Ele contou que o pai havia esfaqueado sua mãe e que ele também tinha se ferido ao tentar protegê-la”, disse o promotor. O outro filho do casal, de 14 anos, também estava na casa, mas não sofreu nada. Os dois foram encaminhados ao hospital e devem ser levados aos serviços sociais da França.
Além dos dois jovens, Juliana tem uma filha mais velha, de 21 anos, que morava com ela, mas, estava no Brasil no dia do crime. Segundo a família da vítima e a polícia francesa, Marcelo não aceitava a separação, ocorrida há três meses. O relacionamento do casal era marcado por agressões e Juliana chegou a pedir uma medida protetiva contra o ex-marido.
"Ele invadiu a casa dela e cometeu o crime. Os filhos menores ficaram lá com ela, e um deles acabou machucado. Sofreu um corte no braço, mas está fora de perigo. A polícia de lá só falou isso, que ele foi defensor dela, mas nada grave. Ela tinha uma medida protetiva. No começo, ela não queria que a gente soubesse das agressões", relatou a irmã de Juliana, Danielle de Oliveira Pigatti.
O promotor informou que o suspeito não tinha antecedentes criminais relacionados às condenações. “No entanto, em 25 de julho de 2024, ele foi preso em flagrante e colocado sob custódia policial por atos de violência doméstica”, relatou. Em dezembro de 2023, outro brasileiro que matou sua companheira na França foi condenado a 20 anos de prisão.
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