Brasil pode participar de investigação sobre acidente de avião do líder do grupo Wagner; entenda
Avião caiu em um assentamento na cidade russa de Tver com 10 pessoas a bordo - todas morreram. Prigozhin estava na lista de passageiros
O avião que caiu em um assentamento na cidade russa de Tver, matando as 10 pessoas a bordo, foi produzido pela Embraer. Dados do site PlaneSpotters apontam que a aeronave - modelo da família Legacy e com número de série RA-02795 - foi fabricado há 16 anos em São José dos Campos, interior do Estado de São Paulo, onde fica a sede da empresa brasileira. Yevgeny Prigozhin, fundador do grupo de mercenários Wagner, estava na lista de passageiros do avião. Autoridades da Rússia confirmaram que ele embarcou na aeronave antes do acidente.
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Pela regra da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO, na sigla em inglês), a Embraer deve participar das investigações das causas do acidente. Por ser o país onde o avião foi projetado e produzido, o Brasil também teria o direito de nomear representantes para participar da investigação sobre as causas do acidente. A participação do país, porém, não é obrigatória. Ainda assim, o Brasil precisa fornecer quaisquer documentos sobre a aeronave que investigadores estrangeiros considerem relevantes para esclarecer os acontecimentos.
A Embraer foi fundada em 1969, durante a ditadura militar, e chegou a ser a terceira maior exportadora do Brasil, mas ao longo de quase meio século enfrentou altos e baixos e já esteve à beira da falência. Ela foi privatizada em 1994, durante o governo Itamar Franco. Em 2018, a Embraer anunciou um acordo com a americana Boeing, que iria adquirir grande parte da empresa brasileira, porém, o acordo foi rompido em abril de 2020.
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