Brasil deixa presidência do Conselho da Onu; conflitos estão longe de acabar

Nesta terça-feira (31), chega ao fim a Presidência do Brasil no Conselho de Segurança da ONU. Até agora, não houve consenso sobre resolução.

O Liberal
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Nesta terça-feira (31) termina o mandato brasileiro na presidência do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). O Brasil assumiu o órgão no dia 1° de outubro, presidido pelo ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores). A China presidirá o Conselho de Segurança em novembro e o Equador, em dezembro. O Conselho de Segurança da ONU é o responsável por zelar pela paz internacional. Ele tem 5 integrantes permanentes: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Fazem parte do conselho rotativo Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes.

A agenda brasileira na liderança do Conselho de Segurança foi dominada pelo conflito entre Israel e o Hamas, iniciado em 7 de outubro. Na segunda-feira (30) Vieira presidiu uma sessão de emergência e criticou a demora em aprovar uma resolução sobre o tema. O ministro afirmou que a entidade vem “falhando vergonhosamente” para colocar um fim à guerra. O chanceler brasileiro declarou que, desde o início do conflito, o conselho realiza reuniões e ouve discursos “sem ser capaz” de tomar a decisão de “pôr fim ao sofrimento humano no território” da Faixa de Gaza. Disse que o órgão “tem os meios para fazer algo”, mas “repetida e vergonhosamente” falha. 
Desde o início da guerra, o Conselho de Segurança já rejeitou a resolução brasileira, norte-americana e duas propostas russas. Ao discursar na chamada Cúpula da Paz, em Cairo (Egito), em 21 de outubro, Vieira disse que a “paralisia do Conselho de Segurança está tendo consequências tremendas na vida dos civis” –algo que, segundo ele, “não é do interesse da comunidade internacional”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o Conselho de Segurança em diversas ocasiões. Em 26 de agosto, por exemplo, disse que o órgão “deveria ser da segurança, da paz e da tranquilidade”, mas “que faz a guerra sem conversar com ninguém”.
 Em 27 de outubro, Lula chamou o direito de veto dos integrantes permanentes do Conselho Segurança de “uma loucura”. A declaração foi feita depois que a proposta brasileira sobre a guerra entre Israel e Hamas não foi aprovada. A resolução teve 12 votos a favor, 1 contra e duas abstenções, mas não foi aprovada porque o único voto contra foi dado pelos Estados Unidos, integrante permanente do órgão e com direito a veto. O presidente voltou a defender uma reforma no Conselho para abrigar mais integrantes permanentes. O tema é pauta de Lula desde seu 1º mandato, mas atualmente não há perspectiva para uma mudança efetiva no órgão.

 

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