Bill Gates elogia o SUS: 'outros países podem aprender e imitar'
Fundador da Microsoft falou sobre o sistema público de saúde em artigo Lições de salvamento de vidas do Brasil, publicado nesta terça-feira

O fundador da Microsoft, Bill Gates, elogiou o sistema de saúde pública do Brasil, em um artigo com o título "Lições de salvamento de vidas do Brasil", publicado nesta terça-feira (12). No texto, em que afirma ser "um grande fã" do país há algum tempo, o empresário cita que em cerca de três décadas a mortalidade materna caiu quase 60% no território brasileiro, enquanto a mortalidade infantil de menores de cinco anos diminuiu 75% – "ultrapassando em muito as tendências globais – e aumentou a esperança de vida em quase uma década", diz Gates.
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"Nenhuma dessas conquistas foi acidental. Em vez disso, são o resultado de investimentos de longo prazo que o Brasil fez no seu sistema de saúde primário, com os quais outros países podem aprender e imitar”, continuou.
Bill Gates também citou a primeira vez que esteve no País, em 1995, e disse que algumas das viagens favoritas em família foram à Amazônia, "cujo rio, bacia e floresta tropical surgem frequentemente durante conversas sobre alterações climáticas", observou. "Mas, só quando comecei a trabalhar na saúde pública é que comecei a apreciar o quão impressionante é o histórico do País nesta área – e o quanto o resto do mundo poderia aprender com ele", diz o empresário bilionário.
No artigo, o fundador da Microsoft destaca ainda o Sistema Único de Saúde (SUS). Criado pela Constituição Federal de 1988, o SUS possibilita o acesso integral, universal e gratuito para toda a população.
“Na década que se seguiu, as mortes por doenças não transmissíveis e por causas maternas, neonatais e nutricionais começaram a diminuir e a esperança de vida aumentou. Com o aumento dos serviços de saúde primários, até as hospitalizações caíram.”
O programa de agentes comunitários de saúde, com profissionais que atuam principalmente em áreas remotas, foi um dos mais elogiados pelo empresário, que observou que mais de 286 mil agentes atendem quase dois terços da população com orientações sobre saúde e higiene, defendendo cuidados preventivos e acompanhando consultas médicas.
“Atuam como porta de entrada para o maior sistema de saúde público gratuito e universal do mundo, e seu impacto tem sido transformador", disse. "Eles são creditados por reduzirem ainda mais a mortalidade infantil e por levarem a cobertura vacinal a níveis quase universais”, continuou.
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