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Ataques aéreos de Israel matam 11 pessoas e deixam dezenas de feridos no Líbano

Os ataques ocorreram às 4 da manhã no horário do Líbano, destruindo um prédio de oito andares e deixando uma cratera no chão.

Estadão Conteudo
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Ataques aéreos israelenses no Líbano mataram pelo menos 11 pessoas neste sábado, 23, e feriram dezenas no centro da capital Beirute, enquanto diplomatas se esforçavam para mediar um cessar-fogo. A defesa civil libanesa disse que o número de mortos era provisório, pois os socorristas ainda estavam procurando sobreviventes nos escombros. Esse foi o quarto ataque na capital libanesa em menos de uma semana.

Os ataques ocorreram às 4 da manhã no horário do Líbano, destruindo um prédio de oito andares e deixando uma cratera no chão.

Um ataque de drone também matou uma pessoa e feriu outra na cidade portuária de Tiro, no sul, de acordo com a agência nacional de notícias estatal.

As vítimas em Tiro eram pescadores. Um jornalista da Associated Press, que viu o ataque de um hotel próximo com vista para a praia, disse que tinha visto os pescadores armarem suas redes de antemão e que ambos pareciam ser adolescentes.

O Exército israelense não emitiu um aviso para os moradores deixarem suas casas antes dos ataques no centro de Beirute e não quis comentar sobre esses ataques.

Os militares israelenses, no entanto, dizem ter, conduzido ataques baseados em inteligência contra alvos do Hezbollah em Dahiyeh, um reduto do grupo terrorista ao sul de Beirute, incluindo vários centros de comando e instalações de armazenamento de armas.

A escalada ocorre depois que o enviado dos Estados Unidos, Amos Hochstein, viajou para a região nesta semana em uma tentativa de mediar um acordo de cessar-fogo para encerrar os mais de 13 meses de combates entre Israel e o Hezbollah, que escalaram nos últimos dois meses.

Os bombardeios israelenses já mataram mais de 3.500 pessoas no Líbano, feriram mais de 15 mil, de acordo com o Ministério da Saúde libanês, e deslocou cerca de 1,2 milhão de habitantes, ou um quarto da população do país.

Do lado israelense, cerca de 90 soldados e quase 50 civis foram mortos por foguetes, drones e mísseis no norte de Israel e em combates no Líbano contra a milícia xiita Hezbollah

Os ataques ocorreram um dia após um bombardeio pesado nos subúrbios ao sul de Beirute e enquanto os combates terrestres pesados entre as forças israelenses e os militantes do Hezbollah continuam no sul do Líbano, com as tropas israelenses se afastando cada vez mais da fronteira.

Mortes também em Gaza

Pelo menos seis pessoas foram mortas em novo ataque em Gaza neste sábado

Os ataques também continuaram na Faixa de Gaza neste sábado. Pelo menos seis pessoas foram mortas, metade delas crianças, e duas mulheres, na cidade de Khan Younis, no sul, de acordo com repórteres da Associated Press e funcionários do hospital Nasser.

Após o ataque, repórteres da AP viram pessoas lamentando o que parecia ser o corpo sem vida de um homem, e crianças ensanguentadas foram vistas ajudando umas às outras a se afastarem dos destroços.

O número de mortos nos combates na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo terrorista Hamas ultrapassou 44 mil esta semana, de acordo com autoridades de saúde locais.

O Ministério da Saúde de Gaza não faz distinção entre civis e combatentes em sua contagem, mas disse que mais da metade das fatalidades são mulheres e crianças. O exército israelense diz ter matado mais de 17.000 terroristas.

A guerra começou quando militantes liderados pelo Hamas invadiram o sul de Israel em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, e sequestrando outras 250.

Cerca de 100 reféns ainda estão dentro de Gaza, pelo menos um terço dos quais acredita-se que estejam mortos. A maioria dos demais foi libertada durante um cessar-fogo no ano passado.

A ofensiva israelense em Gaza causou grande destruição em grandes áreas do território costeiro, levando muitos a se perguntarem quando ou como ele será reconstruído. Cerca de 90% da população de 2,3 milhões de pessoas foi deslocada, muitas vezes várias vezes, e centenas de milhares estão vivendo em acampamentos de tendas miseráveis com pouca comida, água ou serviços básicos./ AP

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