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Rússia realiza maior ataque aéreo a Kiev desde o início da guerra

Ofensiva com mais de 800 drones deixou ao menos cinco mortos, incluindo um bebê de 3 meses. Prédio do governo ucraniano foi atingido pela primeira vez na capital

Hannah Franco

A Rússia lançou, na madrugada deste domingo (7/9), o maior ataque aéreo à cidade de Kiev desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022. A investida envolveu mais de 800 drones e 13 mísseis, deixando ao menos cinco mortos e mais de 20 feridos. Pela primeira vez, um prédio do gabinete de ministros do governo ucraniano foi atingido na capital.

De acordo com a Força Aérea da Ucrânia, foram abatidos 747 drones e 4 mísseis, mas o bombardeio ainda provocou danos significativos em ao menos dez pontos de Kiev, incluindo um prédio residencial de quatro andares e áreas civis nos bairros norte, sul e leste da cidade.

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No distrito histórico de Pechersky, uma coluna de fumaça foi vista saindo do prédio que abriga os gabinetes dos ministros da Ucrânia. Ainda não há confirmação se o local foi alvo direto dos mísseis russos ou atingido por destroços. Outros prédios residenciais também foram danificados.

Entre as vítimas fatais, estão uma mulher e seu filho de três meses, retirados dos escombros por equipes de resgate. Em Dnipropetrovsk, um homem de 54 anos também morreu, e em Zaporizhzhia, uma mulher perdeu a vida após um bombardeio. Outro ataque na região de Sumy deixou mais um morto.

O Ministério do Interior da Ucrânia confirmou que ao menos 20 pessoas ficaram feridas. Moradores saíram às ruas nesta manhã para avaliar os danos enquanto bombeiros combatiam os focos de incêndio.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky classificou a ofensiva como um "crime deliberado" e pediu reforço internacional para as defesas aéreas do país. "Vamos restaurar os prédios, mas vidas perdidas não podem ser recuperadas. O mundo precisa responder não apenas com palavras, mas com ações", disse a primeira-ministra ucraniana Yulia Svyrydenko, em comunicado no Telegram.

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, a operação mirava fábricas de armamentos, depósitos, estações de radar, aeródromos e locais de reunião de soldados ucranianos e mercenários estrangeiros. No entanto, os impactos também atingiram áreas residenciais e edifícios civis.

O porta-voz da Força Aérea ucraniana, Yuriy Ihnat, confirmou que esse foi o maior ataque com drones desde o início da invasão em larga escala. Apesar das defesas antiaéreas, houve nove impactos diretos de mísseis e 56 ataques com drones em 37 localidades.