Ex-gerente do necrotério de Harvard é condenado por vender pedaços de corpos
Esposa era cúmplice do esquema que chocou a comunidade acadêmica da renomada faculdade de medicina
Um ex-gerente do necrotério da famosa e prestigiada Faculdade de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, foi condenado nesta terça-feira (16/12) a oito anos de prisão por roubar e vender órgãos e outras partes de cadáveres doados à instituição para pesquisa científica e ensino médico. Saiba mais sobre o caso abaixo.
Cedric Lodge, 58 anos, trabalhou na instituição por mais de vinte anos e confessou ser culpado de tráfico de partes de corpos, entre eles, órgãos internos, cérebros, pele, mãos, rostos e cabeças dissecadas, entre os anos de 2018 e, pelo menos, março de 2020.
Sua esposa, Denise, de 65 anos, também fazia parte do "negócio macabro".
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Denise e Cedric transportavam os restos mortais da faculdade de medicina em Boston para sua residência em New Hampshire. De lá, as partes eram distribuídas para compradores de alguns estados, entre eles, Massachusetts e Pensilvânia.
De acordo com investigações do FBI, as transações dos restos de corpos ocorriam de forma completamente clandestina e sem qualquer conhecimento ou autorização da universidade, dos doadores e de seus familiares.
O caso veio à tona em maio de 2023, resultando na demissão imediata de Cedric Lodge, mas a sentença de prisão veio somente em 2025. Denise, esposa de Lodge, recebeu apenas um ano de prisão.
O que disse a Faculdade de Medicina?
Em um comunicado, a Faculdade de Medicina de Harvard classificou as ações de Cedric como "abomináveis e incompatíveis com os padrões e valores que Harvard, nossos doadores de órgãos e seus entes queridos esperam e merecem".
Além disso, a Faculdade de Medicina de Harvard revisou todos os protocolos de segurança e acesso ao necrotério para evitar falhas.
Gabrielle Borges, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web de OLiberal.com.
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