Vanessa conta como supera preconceitos para estar ao lado do Remo

"Lembro como se fosse hoje minha primeira vez indo a um campo de futebol com meu pai. Eu, com apenas quatro anos, vestida com uma camisa do clube azulino que atravessava gerações. Lembro do meu pai me colando em seu ombro e a cada lance era um grito, uma lágrima e uma emoção que nos olhos de cada torcedor naquele Mangueirão lotado.

Descobri aos quatro anos que o suposto ‘amor à primeira vista’ que muitos falavam, no fim, existia de verdade. Confesso que o Remo não é somente um time pra mim, mas sim uma nação que carrega um nome por orgulho, mesmo nos altos e baixos.

Durante alguns anos, após ter crescido no meio do futebol, senti o preconceito, devido às pessoas assimilarem o futebol e as torcidas ao sexo masculino. Mas com o passar do tempo, a força feminina tem ganhado seu espaço dentro dos estádios.

Sabemos que a energia da nossa torcida é a mais emocionante entre as equipes do Norte e também é uma das maiores e mais populares. Lembro que, em 2005, fomos recordistas em público entre todas as séries do Brasileirão, com média de 30.869 torcedores por jogo. O incrível é que, 15 anos após este acontecimento, a sua torcida permanece fiel.

Ser Remista vem da alma, estar dentro de um estádio com seu time não é uma simples compra de ingresso, não é somente uma tarde de domingo ou uma noite na semana que nos faz ser torcedor. E sim se emocionar, gritar, comemorar e explodir de alegria. Como diz a música ‘é lindo o meu Leão’, pra mim ser uma torcedora azulina é motivo de muito orgulho, onde a única finalidade é estar ao lado do meu time querido.

Bom por fim, não me canso de dizer me orgulho do meu pai ter me mostrado o amor por este clube magnífico, e que estarei com o meu poderoso Leão até o fim como prometi fidelidade no começo da minha caminhada como torcedora.”