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Na reta final da Série C, Remo tem dificuldades para encontrar um camisa 10; improvisos marcam time

Não tem sido fácil achar um meia armador para ajudar o time na busca por uma vaga na próxima fase da Série C

Fábio Will e Luiz Guilherme Ramos
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No futebol moderno, a figura do meia armador é uma das mais requisitadas e celebradas. Sua importância tática para o sucesso de um time é tamanha, que hoje muitos consideram este tipo atleta quase que em extinção. Não é para menos. Quanto mais avançado é o nível técnico do camisa 10, mais ele é procurado por clubes, que pagam verdadeiras fortunas por um articulador de alto nível.

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Em sua obra, "Os 11 maiores camisas 10 do futebol brasileiro", o jornalista Marcelo Barreto lista aqueles que considera os verdadeiros armadores nascidos no Brasil. Para ele, o panteão dourado do meio-campo pode ser entendido por figuras como Zizinho, Pelé, Ademir da Guia, Rivellino, Dirceu Lopes, Zico, Raí, Neto, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho e Kaká. De certo, estes estão entre os maiores atletas não só da posição, mas do futebol como um todo.

Aqui no Pará, o Clube do Remo do Remo produziu bons meias, alguns deles viraram ídolos da torcida. Arthur, Luciano Viana, Gian, Vélber, só para citar alguns nomes. Entretanto, nas últimas cinco temporadas, encontrar um atleta com qualidade técnica e identificação com a torcida tem sido uma tarefa quase impossível. Só este ano, sob o comando de Paulo Bonamigo e Gerson Gusmão, o Leão Azul testou nada menos que 12 atletas na posição e nenhum deles, até o momento, cumpriu aquilo que se espera. 

A temporada azulina começou com o polêmico Felipe Gedoz, que esteve no Baenão nas últimas três temporadas, dividindo seu tempo entre o futebol e a agitada vida noturna. Ao iniciar o ano, o jogador tentou, sem sucesso, manter seu status, mas acabou lesionado e saiu do clube pela porta dos fundos. Na esteira das improvisações, vieram Erick Flores, Pedro Sena, Marco Antônio, Jean Patrick, Marciel, Albano, Fernandinho e Netto Norchang. Com a saída de Bonamigo, Gusmão assumiu e já testou Anderson Paraíba, Pablo Roberto e Soares.

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Não é arriscado dizer que nenhum deles correspondeu ao desejado. Ao contrário. Com tantos improvisos, o Remo ganhou de tudo, menos identidade no cérebro do time. Sem um homem de referência, os demais viram-se como podem, mas o resultado é uma arrastada campanha, que até começou bem, mas por falta de consistência tática no setor de articulação, foi definhando, ao ponto de correr o risco de ficar de fora da próxima fase da Série C. Contra a Aparecidense, Gusmão retornou com Erick Flores, mas o time não conseguiu crescer taticamente e empatou em 0 a 0 em casa. A última cartada será neste sábado, contra o Botafogo-SP e o treinador sinalizou a entrada de Pablo Roberto na função de meia. 

Últimas temporadas

A procura por um meia armador não chega a ser um problema de agora. Nas últimas cinco temporadas, por exemplo, o Leão Azul teve sete aspirantes ao cargo. Quem teve maior sucesso, embora haja contestação, foi Eduardo Ramos, que esteve no Baenão por seis temporadas. Disputou 149 jogos e marcou 37 gols, sendo o maior artilheiro do clube no século. Além disso, conquistou dois campeonatos paraenses e dois acessos. Na saída de Eduardo, Gedoz assumiu o posto, mas acabou ficando por menos tempo. 

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Em 2015, Bismark foi alçado ao posto de camisa 10. No ano seguinte, foi a vez de Marcinho, substituído por Eduardo Ramos. Ainda fizeram a função Flamel, em 2017, Rodriguinho em 2018 e Douglas Packer, em 2019. Todos esses ficaram apenas uma temporada, enquanto Eduardo e Gedoz foram os únicos a permaneceram por mais tempo.

A reportagem do Núcleo de Esportes de O Liberal entrou em contato com o departamento de futebol do clube, para saber a avaliação da temporada e das dificuldades de encontrar um atleta que faça a função de meia, mas até o fechamento desta reportagem não obtivemos resposta. 

 

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Remo
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