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Força e resistência; jogadores do Remo são acompanhados pelo NASP e melhoram desempenho em campo

Fisiologista Erick Cavalcante explica o trabalho desenvolvido no NASP para melhorar o desempenho de atletas oriundos das categorias de base

Fabio Will / O Liberal
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O Pará é um celeiro de jogadores de futebol, vários atletas já se destacaram pelo país e pelo mundo, mas para chegar a um patamar de jogar profissionalmente é uma batalha enorme. A maioria deles não possuem estrutura familiar e não conseguem conciliar a rotina de treinos, alimentação e descanso. No Remo, alguns jogadores, a maioria da base, passam por um período de recondicionamento físico, como foi o caso do volante Pingo, um dos destaques do time na temporada. 

Pingo, de 19 anos, iniciou a carreira no Comercial de Ananindeua e está no Remo desde 2017, porém, para chegar ao profissional e ter sequência dentro de campo, o jogador passou por uma série de trabalhos específicos realizados no Núcleo Azulino de Saúde e Performance (NASP). A equipe de O Liberal conversou com Erick Cavalcante, fisiologista do Clube do Remo e que esteve à frente da sequência de trabalho realizada com os atletas. Cavalcante explicou o processo que os atletas costumam passar e o quanto isso é importante para o crescimento deles dentro de campo. 

"Recebemos vários atletas com problemas, dos mais variados possíveis, mas quando o atleta vem da base possui dificuldades como o déficit de massa magra. O Pingo passou por um trabalho da nossa equipe no NASP, repassamos ao nutricionista, montamos uma programação de pré-treino, equilíbrio e força e ele conseguiu ganhar de seis a sete quilos de puro músculo. Falo por experiência, o atleta da base no Pará é um herói", disse. 

image Legenda (Samara Miranda / Ascom Remo)

Potência e explosão

Para Erick Cavalcante, o ganho de músculo do Pingo, possibilita mais resistência em campo, sendo que o volante remista, é um dos que mais possui um volume de oxigênio do elenco azulino que disputou a temporada 2021.  

"Faz tempo que futebol é só dentro de campo, existe todo um trabalho fora dele para deixar os jogadores em condições de jogo. O Pingo está em plena evolução, é jovem, tem potencial e possui um volume de oxigênio muito bom, ele consegue desempenho de 70 a 80% de um jogo de forma constante, ainda sofre um pouco com câimbras, mas aos poucos vai mudando", comentou

image Fisiologista do Remo Erick Cavalcante ao lado do goleiro Vinícius (Arquivo pessoal)

Pingo

O volante azulino saiu de dois jogos na temporada 2019, para oito em 2020. Agora em 2021, o volante azulino disputou 24 partidas com a camisa do Remo, sendo 15 delas na Série B do Campeonato Brasileiro, além de marcar um gol, o primeiro dele no profissional. 

Apoio aos atletas

O fisiologista azulino possui o apoio de outros dois fisiologistas, Joyce Oliveira Martins e Matheus Proença, ela faz análises de laboratório e Matheus trabalha no campo, com análise de dados de GPS e frequenciamento.  Erick Cavalcante afirma que esse problema de déficit não afeta somente atletas da base, porém é mais comum entre eles, por não terem um acompanhamento de uma rotina de treinos, alimentação e descanso. 

"Trabalhamos com muitos jovens, mas também já tivemos casos de jogadores que atuavam em outros centros, mas é algo pontual. Todos os atletas da base passaram por isso e ainda passam, como é o caso do Tiago Mafra, onde iniciamos recentemente, além de Ronald, Waley, Tiago Miranda. O aspecto social contribui bastante para que eles cheguem com esse problema, mas aos poucos vão sendo corrigidos e melhorados", falou. 

image Fisiologista Matheus Proença e Joyce Oliveira Martins, que trabalham na equipe de Erick Cavalcante (Arquivo pessoal)

Mudanças

A chegada do Centro de Treinamento do Remo possibilitou um acompanhamento melhor da base, segundo Erick Cavalcante, a forma como está sendo trabalhada os garotos da base, a diminuição dos problemas serão significativas em um futuro próximo, porém, algumas mudanças já são uma realidade. 

"Temos um CT e agora as coisas estão caminhando mais tranquilas, temos um acompanhamento maior, tanto alimentar quanto fisiológico. Sabemos o que os jogadores estão comendo, além do descanso. Isso é um avanço gigantesco e vai ficar melhor, quando ocorrer a construção do NASP no local", finalizou. 

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