Ex-candidato à presidência do Remo, Magnata pede realização de auditoria nas contas do clube
Marco Antônio Pina solicitou averiguação por meio de um documento, protocolado no Condel nesta segunda-feira (6).
O advogado Marco Antônio Pina, o Magnata, candidato a presidência do Remo nas últimas eleições, protocolou no Conselho Deliberativo (Condel) do clube um documento solicitando a realização de uma auditoria nas contas azulinas. A existência do documento foi confirmada pelo próprio Magnata, nas redes sociais, nesta segunda-feira (6).
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No documento, o ex-candidato à presidência azulina pede a cópia das prestações de contas já aprovadas pelo Conselho Fiscal (Cofis), referente ao triênio 2021-2023. Além disso, ele solicita que o próprio Condel financie a contratação de uma auditoria externa, para investigar possíveis irregularidades financeiras no clube.
Em uma postagem no Instagram, Magnata disse que se valeu da "qualidade de sócio-proprietário do Remo" para fazer a petição. Ele afirma, inclusive que vai custear integralmente a contratação de uma auditoria externa, caso o Condel não aprove a contratação solicitada no protocolo. O mesmo documento, conforme o advogado, já foi repassado ao presidente azulino, Antônio Carlos Teixeira.
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Contas aprovadas
Em entrevista exclusiva concedida ao Núcleo de Esportes de O Liberal na última terça-feira (30), o presidente do Cofis do Remo, Ian Blois, desmentiu informações que apontassem crime fiscal na gestão do último mandatário azulino, Fábio Bentes. Segundo ele, o parecer das contas, publicado na semana passada, fez apenas algumas recomendações em relação ao pagamento de tributos do clube.
"O clube tem pendências previdenciárias e fiscais, que andam na casa de alguns milhões, por questões de parcelamentos junto à Receita Federal e o INSS [Instituto Nacional do Seguro Social]. O que o conselho fiscal fez foi alertar que esses pagamentos devem ser sanados e os acúmulos de dívida devem ser evitados. No entanto, em momento algum, fizemos algum apontamento de crime de responsabilidade fiscal, de alguma falha que questionasse a idoneidade da gestão anterior", explicou.
Cotas bloqueadas
As finanças do Remo, no entanto, não vivem um bom momento. Em entrevista a Rádio Marajoara no último mês, Antônio Carlos Teixeira disse que o clube vive uma espécie de "bloqueio de cotas", relativo aos repasses de valores do Governo do Pará e da Copa do Brasil. Segundo o mandatário remista, por mais que Time de Periçá tenha zerado as dívidas trabalhistas, ainda existem débitos de natureza previdenciária e fiscal (INSS e Imposto de Renda).