Volante do Remo atribui saída de Morínigo aos jogadores: 'Ele dá as coordenadas, não entra em campo'
Na avaliação do defensor, a demissão do técnico se deve muito ao desempenho dentro das quatro linhas, mas, apesar disso, o time não pode parar e precisa vencer fora de casa
A demissão do técnico Gustavo Morínigo foi mais um capítulo na conturbada temporada azulina, que ainda procura um norte para aliviar a pressão que vem de todos os lados. Temporariamente sem técnico e ocupando a parte inferior da Série C, os jogadores buscam um consolo para seguir adiante, ainda que esta situação se dê necessariamente por conta de seus desempenhos em campo.
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Na tarde desta terça-feira, o elenco azulino fez um trabalho com bola no Baenão. Ao final, o volante Paulinho Curuá conversou com a imprensa e deu suas impressões sobre a situação do clube. Para ele, a demissão do paraguaio é um reflexo direto da má atuação dos jogadores, sem citar, é claro, algumas atuações individuais que vêm provocando acessos de raiva no torcedor mais otimista.
"Não tem como colocar a culpa no treinador, né? Até porque não é ele quem entra em campo. Ele só dá as coordenadas, faz o trabalho dele para que a gente execute da melhor forma em campo. Todos têm que assumir essa culpa, pois não é só dele. Eu acredito que só nós podemos reverter essa situação", acredita o volante, que não quer nem pensar em outro resultado que não seja a vitória contra o Náutico.
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"Complica mais se pensar em perder. Temos que pensar em ganhar, trabalhar e trazer os três pontos. Vão ser jogos difíceis, como tem sido os últimos, seja em casa ou fora. Temos que buscar o máximo de pontos possíveis para sair dessa parte da tabela, pois ela não está muito confortável. Temos que focar na parte de cima da tabela". O time pernambucano é o 11º na tábua classificatória, três posições acima do Remo. Ambos se enfrentam no sábado, no estádio dos Aflitos.
Além da saída de Morínigo, o Remo também perdeu cinco jogadores recentemente. A quantidade de dispensas em um curto período mostra que, aparentemente, ninguém tem lugar cativo no clube, ao menos na visão dele. "Eu acho que, querendo ou não, a equipe sente muito, pois são companheiros de trabalho que chegam no início do ano. A gente sabe que se acontece com eles, pode acontecer com todos nós. Então isso nos afeta, mas não podemos baixar a guarda e temos que trabalhar muito, sobretudo nessa situação meio complicada", finaliza.
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