Remo encerra espera de 32 anos e revive memórias de sua última Série A
Última participação azulina na elite ocorreu em um ano marcado por conquistas, tragédias e um futebol brasileiro em plena transformação
O acesso azulino à Série A põe fim a uma espera longa. Foram 32 anos na fila por um retorno aguardado, que chega em um momento onde o mundo é outro. Em 1994, tudo era diferente. Enquanto o Remo disputava sua última primeira divisão, fatos marcantes aconteciam no Brasil e no mundo.
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Dentro do próprio esporte, o tetracampeonato mundial da Seleção Brasileira foi o evento mais emblemático daquele ano. A alegria do título contrasta com a morte de Ayrton Senna, ocorrida no mesmo período — um choque que marcou profundamente o país. Eram tempos de emoções intensas, em que o Remo mal imaginava que viveria um hiato que só terminaria três décadas depois.
Em 1994, o clube iniciava seu segundo ano consecutivo na elite. O campeonato começou sob o comando do experiente técnico Waldemar Carabina, figura marcante dos anos 1990 e responsável por levar o Leão Azul à primeira divisão. Logo na estreia, porém, o time foi derrotado pelo Santos por 1 a 0. O adversário tinha nomes conhecidos, como Edinho no gol, Índio na lateral e Neto no meio-campo.
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Do lado azulino, a base da equipe contava com jogadores como Clemer, Belterra, Rogerinho Gameleira, Mazinho e Helinho. Entre eles, estava também um certo Cuca, que chegou ao clube já no fim da carreira, mas participou de jogos importantes naquela temporada — incluindo a histórica goleada sobre o Cruzeiro em pleno Mineirão por 5 a 2. Helinho e Cuca marcaram os gols da vitória.
Ao longo de 1994, o Remo conseguiu apenas sete vitórias, sobre Cruzeiro (três vezes), Náutico (duas) e Vitória. A repetição de confrontos ocorria devido ao formato da competição: quatro grupos na primeira fase, seguidos por uma etapa em que os 16 classificados jogavam entre si, enquanto oito equipes disputavam a repescagem. Os oito melhores depois avançavam ao mata-mata, que terminou com a final entre Palmeiras e Corinthians.
No fim das contas, o Remo encerrou sua última participação na Série A na vice-lanterna, com 17 pontos em 24 partidas — seis vitórias, cinco empates e 13 derrotas. A única campanha inferior foi a do Náutico, que terminou na lanterna com 15 pontos.
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