'Nervosismo bom': João Pedro fala sobre clima no elenco do Remo antes da decisão contra o Goiás
Atacante reconhece pressão pela vitória no Mangueirão, fala em “nervosismo bom” antes da decisão e cobra punições mais duras após novos casos de racismo no futebol
Às vésperas do jogo mais importante do Remo na década, o atacante guineense João Pedro admitiu que o elenco vive um clima de nervosismo — mas um nervosismo positivo, segundo ele — para a partida decisiva contra o Goiás, no próximo domingo (23), no Mangueirão. O jogador falou após o treino desta terça-feira (18) e destacou que o time está concentrado em vencer a qualquer custo, antes de pensar nos resultados paralelos que podem garantir o acesso.
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A vitória é obrigação. É assim que João Pedro define o duelo que fechará a Série B para o Remo. A equipe, que chegou a embalar uma das melhores sequências do campeonato, viveu um freio nas últimas três rodadas — dois empates e a derrota para o Avaí que tirou o time do G4 e o deixou sem depender apenas de si. Agora, vencer o Goiás virou condição básica para seguir sonhando.
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“Nós primeiro temos que focar no que nós temos que fazer, que é ganhar, não temos outra opção. Se quisermos subir, temos que ganhar e só depois torcer pra que certos resultados coincidam”, afirmou o atacante.
Apesar da pressão, João Pedro tratou o clima no vestiário com naturalidade. Para ele, o peso do momento não atrapalha — pelo contrário. “O nervosismo vai haver, é uma coisa que nós atletas temos que lidar, ainda mais um jogo desses, mas isso faz parte do jogo, da nossa profissão. Eu acho que vai ser um nervosismo bom, porque é por um acesso, uma coisa boa.”
Racismo e xenofobia
O atacante também comentou o caso de racismo registrado na Ressacada, quando torcedores do Avaí direcionaram insultos xenófobos e racistas a paraenses. João Pedro lamentou a situação e cobrou punições mais severas.
“Já não sei o que dizer em relação a isso, porque é recorrente. Nada acontece, ou quando acontece, parece que as pessoas não sentem. É uma coisa que não devia acontecer, tanto o racismo como a xenofobia. Temos que nos respeitar, é algo que deveria vir de casa”, declarou.
“As punições deveriam ser mais graves, é impossível hoje em dia ainda isso continuar.”
Disputa por vaga
Sobre a possibilidade de começar como titular, João Pedro evitou criar expectativas individuais. “Espero que sim, mas espero que seja qualquer um dos companheiros e mais dez. Eu não vou conseguir fazer nada sozinho, nem meus companheiros. Espero que a gente ganhe, o importante é isso, seja quem marcar.”
Ele também destacou que a derrota para o Avaí — a primeira da equipe sob comando de Guto Ferreira — não abalou a confiança do grupo. “Nós vínhamos numa sequência incrível. A derrota poderia acontecer, porque é o jogo. Mas acho que isso não vai mudar nosso rumo. Foi uma queda, e já vamos voltar a subir e seguir nossa caminhada.”
Antes de encerrar, o atacante fez um apelo aos azulinos. “É compreensível que estejam um pouco mais tristes conosco, mas que acreditem em nós. O trabalho que vem sendo feito tem sido de orgulho pra eles. Vamos fazer tudo pra continuar a orgulhá-los e conseguir o acesso, que é para todos ficarem felizes.”
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