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Temporada de 2018 foi terrível para o Paysandu

Bicolores perderam o Campeonato Paraense e lidam com o rebaixamento no Brasileirão

Nilson Cortinhas

A temporada 2018 foi de pesadelo para o Paysandu. Com exceção do título da fraca Copa Verde, que deu a sensação enganosa de que o time havia encontrado um caminho, foram erros, falhas e derrotas em sequência. Ironicamente, ninguém atuou para 'conter essa sangria'. Responsabilidade dos dirigentes, assumiu o mandatário máximo alviceleste. "O regime do Paysandu é presidencialista. Então, o que não dá certo é culpa minha", assumiu o presidente Tony Couceiro.

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Outra certeza diz respeito ao equívoco na montagem do elenco, com um perfil de atletas aparentemente pouco imbuídos nas missões bicolores. Faltou gana, raça e a torcida se afastou ao ponto de se tornar comum a Curuzu estar vazia em jogos importantes. Foram vários momentos negativos, que, se fosse compreendidos, talvez tivessem evitado o melancólico fim da temporada, consumada com o rebaixamento.  

PARAZÃO

Sincero, embora de forma tardia, Couceiro concordou com a análise do plantel. "Talvez não fosse falta de qualidade técnica, e sim de perfil", analisou o presidente Tony Couceiro, pós-rebaixamento. 

Prova disso foi a inacreditável sequência de quatro derrotas para o Clube do Remo, que tinha um time inferior tecnicamente, no entanto, bem mais raçudo. No final do Parazão, apenas sete vitórias, dois empates e cinco derrotas. As quedas para o rival e a campanha inexpressiva no estadual foram um sinal. Não compreendido pelos gestores do futebol. André Mazzuco, por exemplo, executivo do futebol, demorou muito para ser desligado. Foi demitido só quando a campanha na Série B já havia desandado.

COPA VERDE

Na Copa Verde, apesar do título da competição, com um Mangueirão lotado, o Paysandu, novamente, deu sinais de que não tinha um time competitivo. O placar agregado da final foi 3 a 1 para os bicolores. Contudo, o último jogo, em Belém, foi ruim, resultando em um empate para o fraquíssimo Atlético-ES. O Papão também chegou a empatar com o Interporto-TO. A diferença entre os times era gritante, porém, o equilíbrio se deu em função do adversário igualar no aspecto da raça. Os números finais da campanha na Copa Verde demonstram, falsamente, a sensação de que o time estava melhorando, afinal, foram  cinco vitórias e três empates. Uma análise fria não nos traz essa convicção. 

BRASILEIRÃO 

Quando a Copa Verde terminou, o que era prevísivel aconteceu. Sequências de partida sem vitória, empates em casa, derrotas fora, totalizando uma campanha ridícula com 14 derrotas, 13 empates e 10 vitórias, sendo três conquistadas nas últimas quatro rodadas. No final, o treinador João Brigatti resumiu. "Passamos  uma vergonha muito grande aqui hoje", disparou.

 

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