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Paysandu não mereceu o apelido de Papão e mergulhou na Série C; veja a análise

Time bicolor foi presa fácil para o Dragão. E encerra campanha com rebaixamento

Nilson Cortinhas

O Paysandu está rebaixado para a Série C do Campeonato Brasileiro. O último jogo na Série B retratou o quanto o time estava  abalado, desorganizado e pouco competitivo. Foi presa fácil para o Atlético-GO que ganhou por 5 a 2, para isso, bastando controlar a ansiedade e jogar nos erros adversários.

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Foi inadmissível o quanto o Papão chegou despreparado para uma partida decisiva. Em alguns momentos, deu demonstrações de infatilidade. A campanha na Série B terminou de forma melancólica, com 16 mil pessoas na Curuzu, cabisbaixas, amargando a 17 colocação bicolor, com 43 pontos. Acompanhe abaixo a análise do jogo!

Tensão

O Paysandu fez o que cabia a ele nos primeiros minutos. Avançou a marcação, jogou no campo adversário, sufocou a saída de bola. E com a Curuzu lotada, seria o cenário previsível para o Papão encaminhar a vitória. No entanto, não combinaram com o adversário, com o bandeirinha e o atacante Magno teve uma tarde extremamente infeliz. Os três primeiros algozes. 

No início

O jogo foi tenso. Sem alternativa a não ser a vitória, o Papão se lançou no ataque. Aos nove minutos, Mike marcou o que seria o primeiro gol da partida. Mas, o bandeirinha alegou impedimento, totalmente, inexistente. 

Tendência  

Os jogadores ficaram nervosos. A partida ficou paralisada por alguns minutos. Imaginava-se que o Papão sentiria o lance. Contudo, manteve a postura ofensiva e foi premiado. Lance de bola área e Mike completa, de cabeça, para o fundo das redes. De novo ele. Dessa vez, não teve impedimento.

Virada

O placar, que até então tiraria o clube da zona de rebaixamento, durou exatos 10 minutos. Aos 26, Moraes recebeu bola, após bobeira inadmissível de Magno, que perdeu a redonda de forma displicente. Moraes avançou, cruzou, a bola ainda bateu no lateral Maicon e morreu no gol de Renan Rocha. Ali, começaria a agonia bicolor. 

Aos 44, de novo Magno errando na saída de bola. Dessa vez, ele tentou driblar dois marcadores. Perdeu a bola. Novamente, o passe foi para Moares que passou pela marcação e tocou na saída de Renan Rocha. Infantil, Magno tentou conduzir a posse de bola numa área extremamente perigosa, campo defensivo. Errou duas vezes, foi desarmado e o ataque adversário foi mortal. 

Etapa final 

Era demais. Thomaz entrou no posto de Magno por razões óbvias. O juiz mandou rolar a bola e paralisou minutos depois. Os demais jogos não haviam começado e, incrivelmente, ele mandou reiniciar a partida. Quando a bola rolou para valer, o Paysandu deu indícios de desorganizaçao defensiva. Num contra-ataque de 'almanaque', sem defensor para incomodar, João Paulo apareceu, sozinho, e venceu Renan Rocha. Inacreditável.

Ataque 

Desesperado, o Papão impôs um jogo exclusivamente de ataque. Mike tocou a bola para o meio da área e Thomaz diminuiu. 3 a 2.O jogo se tornou emocionante, com o Atlético se defendendo, mas contra-atacando com extremo perigo. Mas, a defesa bicolor errou. O time errou. Não foi equilibrado. Renan Rocha salvou o Paysandu uma vez em uma cabeçada fulminante. Na sequência, no entanto, não teve jeito. A desorganização defensiva, oriundo de um erro de posicionamento, resultou no gol de André Luis. A partir daí, a reação esfriou de forma definitiva. No último lance, Júlio César arrancou e fez o quinto. De forma elegante, também irônica, a torcida bateu palma para os adversários.  

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