Hélio dos Anjos comanda o Paysandu ao acesso à Série B depois de quatro anos do jogo dos Aflitos

Bom aproveitamento, superação de traumas, preparação física e mental. A trajetória de Hélio dos Anjos no acesso bicolor

Alessandro Amorim
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A trajetória do Paysandu na conquista do acesso tem um grande protagonista, chamado Hélio dos Anjos. O técnico, de 65 anos, levou o clube para a primeira tentativa em 2019 e parece que estava predestinado a comandar o time de volta à Série B, depois de quatro anos da eliminação no jogo dos Aflitos.

Em 2019, Hélio dos Anjos foi o terceiro treinador do ano bicolor. Ele chegou durante a disputa da Série C, depois de cinco rodadas disputadas e a demissão de Léo Condé. O Paysandu estava em 4º lugar do seu grupo, quando a competição ainda era composta por 2 grupos de 10 times. A equipe bicolor só tinha marcado 2 gols nos primeiros 5 jogos quando Léo Condé foi demitido do cargo.

A partir da chegada de Hélio, o time do Paysandu ficou invicto na Série C mesmo com a eliminação para o Náutico no jogo do acesso. Foram 15 jogos disputados na campanha, 4 vitórias e 11 empates. Na primeira fase, o time bicolor se classificou em 4º lugar, tendo a 3º melhor campanha do seu grupo depois que Hélio dos Anjos assumiu o comando do clube.

O Paysandu empatou o clássico Re-Pa, da última rodada e se classificou para as quartas de final, graças ao gol de Vinícius Leite, que é um dos remanescentes do elenco daquele ano. No mata-mata do acesso, o time empatou as duas partidas contra o Náutico e foi prejudicado com um pênalti mal marcado, assumido pelo próprio árbitro da partida Pedro Vuaden. Um baque para o elenco e treinador naquela campanha.

Assim como em 2019, Hélio dos Anjos também foi o terceiro treinador do Paysandu na temporada. Márcio Fernandes foi demitido depois da eliminação nas semifinais do Parazão para o Águia, em casa; Marquinhos Santos não emplacou na Série C, foi demitido e entregou o time na 16ª colocação com 12 pontos em 10 rodadas disputadas e sendo a pior defesa do campeonato. O atual treinador chegou para salvar o time bicolor do possível rebaixamento para a Série D.

Nas primeiras coletivas, Hélio até cita arrependimento de não ter assumido o cargo antes do clube chegar na situação que estava na tabela da Série C. Depois da derrota para o Brusque em casa, na sua reestreia, o treinador criticou bastante a condição física do elenco e o trabalho que estava sendo feito anteriormente no clube. Na mesma coletiva citou a frase emblemática de que a partir dali iria “sangrar” e que subiria o nível de intensidade dos treinos, junto com a chegada do atual preparador físico Thomaz Lucena.

Na vitória contra o Remo, por 1 a 0, Hélio chegou a 11 jogos de invencibilidade no clássico. O treinador nunca perdeu um confronto comandando Remo ou Paysandu. Como bicolor está invicto há 9 clássicos e o da Série C deste ano foi fundamental para uma sequência de três vitórias consecutivas para colocar o time no G-8 da competição.

Hélio teve o gosto da revanche contra o Náutico na 17ª rodada. Os alvirrubros vieram a Belém em crise interna e de resultados, e uma vitória do Paysandu colocaria o time à frente dos algozes de 2019. O time pernambucano começou vencendo a partida na Curuzu por 2 a 0, mas o Papão teve resiliência e jogou uma grande partida no segundo tempo para virar a partida para 4 a 2. Foi a partida de destaque de Hélio dos Anjos com intervenções, leitura de jogo e alterações táticas feitas durante a partida.

Na campanha de 2023, o treinador superou os traumas do clube na competição, como o péssimo desempenho do Paysandu em quadrangulares e os jogos fora de casa. No quadrangular, foram duas vitórias longe de Belém, contra Amazonas e Botafogo-PB, e foram fundamentais para somar a pontuação de acesso neste ano.

Outro destaque do treinador foi o trabalho mental com o elenco. O clube divulgou vídeos dos bastidores das vitórias do time na campanha de acesso, e a preleção de Hélio dos Anjos foi um fator imprescindível para os jogadores se entregarem de corpo e alma em campo. A frase “a vitória não é qualquer coisa, é a única coisa” ficou marcada durante esta passagem do treinador em 2023.

Depois de quatro anos do jogo do acesso nos Aflitos e sete treinadores, tudo convergiu para que Hélio dos Anjos fosse o comandante do Paysandu para o retorno à Série B. O técnico se tornou uma figura icônica para o torcedor bicolor, que acreditou desde o dia que ele assumiu o comando do clube.

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