Fonseca abre o jogo sobre a passagem pelo Paysandu e avalia demissão: 'Uma aposta que não deu certo' Em entrevista, treinador falou sobre a relação com a direção do clube, dinâmicas de contratação e avaliou os motivos que fizeram o Papão ser eliminado da Terceirona. Caio Maia/ O Liberal 07.11.21 8h00 Roberto Fonseca, ex-treinador do Paysandu (Vitor Castelo/Paysandu) "Até hoje gostaria de saber porquê eu sai". Quem disse isso foi o ex-treinador do Paysandu, Roberto Fonseca. Ainda sem clube, o técnico conversou com a reportagem de O Liberal e abriu o jogo sobre os bastidores do Papão na reta final da Série C. Segundo ele, o clube errou em mudar de comando na parte final da temporada. "Contra números não há argumentos. Estávamos há seis jogos invictos dentro de casa, com quatro vitórias e dois empates. Fizemos 17 pontos no primeiro turno da Série C, vencendo a última partida em casa contra um adversário que esta brigando belo acesso. Claro que uma descontinuidade do trabalho poderia causar problemas. Eles fizeram uma aposta que não deu certo", avaliou Fonseca. Na entrevista, o treinador ainda falou sobre a relação com a direção do clube, as dinâmicas de contratação e avaliou os motivos que fizeram o Paysandu ser eliminado precocemente da Terceirona. Veja a entrevista completa: O Liberal: Você deixou o Londrina, uma equipe que estava na Série B, para ir para o Paysandu, que estava na Série C. Porque tomou essa decisão? Roberto Fonseca: Eu sabia que o Londrina era uma equipe que ia brigar na parte de baixo da tabela da Série B e que o Paysandu seria uma equipe que iria brigar pelo acesso. Pedi muitas contratações para o Londrina, mas eles resolveram me desligar. Apesar disso, chegamos a final do Paranaense. Enquanto isso, eu via o Paysandu com reforços, com camisa forte e torcida grande. Acreditava que aqui poderia conseguir o acesso. OL: Logo nos primeiros jogos seus no comando bicolor, a equipe apresentou bons resultados? A que se deve isso? RF: Tivemos que incorporar algumas coisas. O Paysandu era uma equipe que precisava de motivação, de mais cobranças entre os jogadores. Conseguimos fazer uma coisa que não acontecia há muito tempo, que era vencer em casa pela Série C. OL: Você acha que não estar presente na montagem do elenco dificultou o processo de adaptação ao time? RF: Claro que sim. Para treinadores que são acostumados a trabalhar em alto nível é fundamental participar da montagem do elenco. Tínhamos um elenco vasto e não era fácil administrar todos. Apesar disso, conseguimos manter uma boa relação com todos. Sobre contratações, as novas negociações eram discutidas com a direção. OL: Quais jogadores você pediu a contratação quando chegou no Paysandu? RF: O Leandro Silva nós solicitamos, assim como o Alan Cardoso. Infelizmente ele não estreou, porque se contundiu. Solicitamos também o José Aldo. Não era um jogador tão rodado, mas era uma aposta que achamos que poderia dar certo. OL: Teve alguma contratação imposta pela direção? RF: Creio que não. A grande maioria das contratações veio antes de eu chegar. Apesar disso, me lembro da contratação do Fazendinha, que eu não solicitei. OL: Você considera injusta a sua demissão? RF: Acho que sim. Tínhamos uma fortaleza jogando em casa e ainda restavam dois jogos pra fazer na Curuzu. Não fizemos um bom jogo contra o Botafogo-PB, mas conseguimos um empate contra uma equipe que esta em vias de subir. Apesar disso, aceito a demissão. Eles são os patrões e podem me demitir. Assim como me contrataram, podem me mandar embora. Mas, se isso ocorreu pelos resultados, não ha justificativa. OL: Como era a relação com a diretoria? RF: Sempre tive uma relação tranquila com a direção. Tínhamos reuniões periódicas e sempre conversávamos sobre as demandas do time. Tínhamos uma relação amistosa e não esperei a demissão. Até hoje gostaria de saber porquê eu sai. OL: Como era a relação com os jogadores? RF: Com os jogadores a relação também sempre foi muito boa. Era um elenco muito grande, mais de 30 jogadores, mas conseguimos manter uma boa relação, sem rusgas e discussões. Eles compraram a nossa ideia de jogo desde o início. Inclusive, na minha saída, recebi varias mensagens do elenco desejando boa sorte. OL: Qual o balanço da sua passagem por Belém? RF: Avalio a passagem por Belém como positiva. Tudo é um aprendizado. Passamos por momentos de vitórias e isso é importante. Claro que houve essa demissão, mas acredito que aprendemos coisas valiosas. Vim para o Paysandu com três objetivos: voltar a vencer em casa, se classificar e subir. Consegui os dois primeiros mas, infelizmente, me tiraram a oportunidade de conseguir o terceiro. 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