Rossi processa Paysandu e pede indenização milionária, diz jornalista
De acordo com o jornalista Michel Anderson, não houve interesse da diretoria em manter o atacante, mesmo após o jogador sinalizar a possibilidade de reduzir o salário pela metade
O atacante Rossi ingressou na Justiça do Trabalho pedindo a rescisão indireta do contrato com o Paysandu Sport Club e uma indenização de mais de R$ 5 milhões. A informação, inicialmente revelada pelo jornalista Michel Anderson, da Rádio Liberal+, agora consta em decisão judicial assinada pela juíza do Trabalho titular Vanilza de Souza Malcher.
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Na ação, Rossi solicitou tutela provisória de urgência para que fosse declarada, de forma imediata, a rescisão do Contrato Especial de Trabalho Desportivo (CETD), com a consequente extinção do vínculo esportivo. O pedido incluiu ainda a expedição de ofícios à Federação Paraense de Futebol e à Confederação Brasileira de Futebol, com o objetivo de viabilizar sua transferência para outro clube.
De acordo com os autos, o atacante alega que firmou contrato com o Paysandu com vigência de 3 de janeiro de 2025 a 31 de dezembro de 2026, com salário mensal de R$ 100 mil, além de um contrato civil de direito de imagem no valor de R$ 175 mil por mês. Segundo Rossi, o clube passou a descumprir obrigações trabalhistas de forma reiterada.
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Entre os principais pontos levantados pelo jogador estão a ausência de recolhimento do FGTS entre julho e outubro de 2025, o não pagamento dos valores de direito de imagem referentes aos meses de agosto, setembro e outubro de 2025, além do atraso do salário de novembro de 2025 e da primeira parcela do 13º salário. O atleta também sustenta que foi afastado das atividades regulares de treinamento, em meio a um cenário de crise financeira vivida pelo clube.
Esses argumentos fundamentam o pedido de rescisão indireta do vínculo, mecanismo previsto em lei quando o empregador deixa de cumprir obrigações contratuais. A juíza analisou o requerimento em caráter de urgência, diante da alegação de mora contumaz por parte do clube.
Conforme antecipado por Michel Anderson, não houve acordo entre as partes para a permanência do jogador, mesmo após Rossi sinalizar a possibilidade de reduzir seu salário.
“Não existe o interesse por parte do Paysandu em seguir com o Rossi. O entendimento da diretoria é que o custo-benefício não vale a pena, e a tendência é que esse caso se resolva na justiça”, afirmou o jornalista.
Rossi foi anunciado em janeiro como uma das principais contratações da temporada. Paraense, viveu no Paysandu a primeira experiência defendendo um clube do estado e aquele que sempre declarou torcer. A relação com a torcida começou de forma positiva, mas o rendimento do atacante caiu ao longo do ano, acompanhando a campanha do time na Série B, que terminou com o rebaixamento para a Série C.
Até o momento, o Paysandu não se pronunciou oficialmente sobre o teor da ação judicial nem sobre as alegações apresentadas pelo jogador.
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