Paysandu aposta em nomes históricos para tentar sair da crise
Alberto Maia e Vandick Lima voltam ao clube com a tarefa de liderar a reformulação após o rebaixamento à Série C
A Comissão de Futebol, responsável por coordenar o planejamento da temporada de 2026, terá a missão de conduzir uma ampla reformulação no departamento de futebol, incluindo saídas, renovações e novas contratações de jogadores e profissionais, sob a direção de dois nomes de peso do clube: Vandick Lima e Alberto Maia.
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Ambos integraram o embrião do extinto grupo Novos Rumos, que assumiu o comando do Paysandu ao fim de 2012, quando o clube retornou à Série B do Campeonato Brasileiro sob a presidência de Luis Omar Pinheiro. O retorno da dupla foi uma decisão do atual presidente, Roger Aguilera, que tenta preservar seu mandato após o rebaixamento antecipado à Série C.
Dois nomes conhecidos e com muita história, agora unidos na tentativa de resgatar a instituição em meio à maior crise dos últimos anos. A comissão será liderada por Alberto Maia e contará também com Ícaro Sereni, ex-diretor do clube, além dos atuais vice-presidentes Diego Moura e Márcio Tuma. Já Vandick Lima exercerá a função de gerente de futebol.
Vandick foi o primeiro dos dois a presidir o clube. Ele venceu as eleições no final de 2012, derrotando Victor Cunha, e durante seu mandato adquiriu o terreno onde futuramente seria construído o CT Raul Aguilera. No futebol, conquistou o 45º título estadual, mas terminou a Série B em 18º lugar, sendo rebaixado novamente à Série C — divisão em que o clube havia permanecido por seis anos antes do acesso.
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No ano seguinte, perdeu o bicampeonato estadual para o Remo e, em seguida, disputou a primeira edição da Copa Verde, na qual o Papão chegou à final, mas acabou derrotado pelo Brasília. A redenção veio na Série C, quando o time avançou até a decisão contra o Macaé. Apesar do vice-campeonato, o Paysandu garantiu o retorno à Série B no ano seguinte, já sob a presidência de Alberto Maia.
O advogado, conselheiro nato e ex-presidente viveu um mandato de altos e baixos. Em seu primeiro ano, o clube amargou nova derrota no estadual, decidido entre Remo e Independente de Tucuruí. Na Copa Verde de 2015, o time foi eliminado pelo Remo nas semifinais — o rival, por sua vez, perderia o título para o Cuiabá.
Já em 2016, o Paysandu viveu uma temporada memorável: conquistou o Campeonato Paraense de forma invicta e o primeiro título da Copa Verde, sob o comando de Dado Cavalcanti. O período também ficou marcado pelo lançamento da marca própria Lobo e pela inauguração do hotel-concentração Antônio Couceiro, nas dependências da Curuzu.
De volta à Série B, o time fez uma boa campanha no primeiro turno, mas terminou a competição em 14º lugar, mantendo-se na divisão até 2018, quando sofreria novo rebaixamento. O novo grupo, entretanto, não deve tomar medidas ainda este ano, devendo aguardar o fim da temporada para iniciar os trabalhos voltados a 2026.
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