Jorge Benítez aciona a Justiça e amplia lista de ações contra o Paysandu
Atacante é o sétimo jogador do elenco de 2025 a cobrar salários e direitos atrasados; dívida trabalhista já ultrapassa R$ 13,5 milhões
Na última quinta-feira (18), o paraguaio Jorge Benítez ingressou com uma ação trabalhista contra o clube, cobrando R$ 333.664,51 referentes a salários e direitos em atraso. O movimento fez dele o sétimo jogador do elenco de 2025 a recorrer à Justiça, ampliando uma lista de jogadores insatisfeitos com os rumos da temporada bicolor, encerrada com o rebaixamento à Série C e uma grave insatisfação da torcida.
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Benítez chegou ao clube em março de 2025, disputando 29 jogos, com três gols marcados. Ao longo do ano viveu bons momentos em campo, mas caiu de rendimento, sendo pouco acionado nos últimos compromissos da Série C. O litígio com o clube se soma a uma série de processos com alegações semelhantes: inadimplência salarial, pendências de direitos de imagem e ausência de recolhimento do FGTS.
Histórico
Além da ação do atacante, o clube já enfrenta condenações relevantes. A Justiça do Trabalho aplicou uma multa superior a R$ 1,5 milhão ao Paysandu por atrasos salariais registrados em 2024, com base em um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público do Trabalho ainda em 2008. A penalidade elevou de forma significativa o passivo trabalhista conhecido.
Entre os demais atletas, o processo de maior valor é o de Rossi, que cobra R$ 5,1 milhões, alegando atrasos salariais, não pagamento de direitos de imagem, FGTS em aberto e até afastamento das atividades regulares de treinamento. Na sequência aparece o volante Leandro Vilela, com uma ação de R$ 4,05 milhões, fundamentada em salários atrasados, ausência de depósitos de FGTS e pendências de imagem. Já André Lima ingressou com um processo superior a R$ 1,6 milhão, citando uma série de irregularidades contratuais.
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Outros nomes também recorrem à Justiça. Pedro Delvalle cobra cerca de R$ 914 mil após obter rescisão antecipada, enquanto Ramón Martínez discutiu valores próximos de R$ 800 mil, caso que terminou em acordo e rescisão amigável. Dudu Vieira, por sua vez, cobra R$ 705 mil após também deixar o clube via ação trabalhista.
Prejuízo milionário
Com a soma das ações dos jogadores, os valores superam R$ 12 milhões apenas em processos trabalhistas. Ao incluir a multa aplicada pela Justiça do Trabalho, a dívida trabalhista estimada do Paysandu ultrapassa R$ 13,5 milhões, aprofundando um cenário de crise que já extrapola o campo e coloca pressão sobre a gestão bicolor para os próximos meses.
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