Executivo do Paysandu invade campo e árbitro denuncia pressão e ameaças na súmula
Jefferson Moraes relata pressão durante o intervalo da partida, com o executivo Carlos Frontini invadindo o gramado e contestando veementemente as decisões da arbitragem
Em uma noite marcada por fortes emoções e muita chuva, o Paysandu venceu a Ferroviária-SP por 2 a 1, de virada, e conquistou a terceira vitória consecutiva na Série B do Campeonato Brasileiro. Após a partida, o árbitro Jefferson Moraes relatou na súmula reclamações e ameaças feitas por pessoas ligadas ao clube paraense.
Segundo o árbitro, o executivo de futebol do Paysandu, Carlos Frontini, invadiu o gramado durante o intervalo, dirigiu-se à equipe de arbitragem e contestou de forma veemente as decisões tomadas nos primeiros 45 minutos. “Porr*, Jefferson, você está segurando o jogo, não está deixando a gente jogar, deixou de dar três cartões para o adversário”, registrou o árbitro em súmula.
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Ainda conforme o relato oficial, Frontini impediu a saída da equipe de arbitragem para o vestiário ao fim do primeiro tempo, cessando as reclamações apenas quando foi retirado pelo preparador físico do Paysandu. O árbitro também destacou que, durante o intervalo, pessoas não identificadas, supostamente ligadas ao clube bicolor, bateram repetidamente na porta do vestiário da arbitragem em tom de ameaça.
“Informo ainda que, durante o intervalo da partida, pessoas não identificadas bateram de forma contínua na porta do vestiário de arbitragem pelo lado de fora, com tom de ameaça”, registrou Jefferson Moraes em súmula.
Além das reclamações feitas por profissionais do Paysandu dentro de campo, o árbitro da partida também foi alvo de duras críticas por parte da torcida bicolor durante o jogo. Os torcedores do Papão se mostraram insatisfeitos com o critério adotado por Jefferson Moraes na marcação de faltas e na aplicação de cartões amarelos, alegando que o árbitro foi mais rigoroso com o time paraense do que com a equipe paulista.
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