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Dia do Médico: conheça a rotina e a especialização do profissional que cuida dos atletas do Paysandu

No Paysandu Sport Club, médicos de clube vão além do atendimento clínico, integrando ciência, prevenção e performance esportiva

O Liberal

Comemorado em 18 de outubro, o Dia do Médico celebra os profissionais que atuam em diferentes áreas da saúde, incluindo o futebol profissional. No caso do Paysandu Sport Club, um dos pilares desse trabalho desenvolvido está sob a liderança do doutor José Silvério, que acompanha de perto atletas, gerenciando desde a prevenção de lesões até a recuperação física e metabólica.

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“O cotidiano médico no ambiente esportivo é dinâmico, preventivo e integrado. Acompanhamos o estado clínico dos atletas, realizamos triagens, avaliações de fadiga e participamos de reuniões com fisioterapeutas, preparadores físicos, nutricionistas, treinador e auxiliares, definindo restrições e recomendações individuais para os treinos”, explica Silvério.

Segundo ele, o trabalho se intensifica nos dias de jogo: “Nos dias de partida, nossa função é ampliada para suporte emergencial e atendimento de prontidão à beira do gramado, com avaliações pós-jogo voltadas à recuperação física e metabólica, sempre em conjunto com outros profissionais da área.”

Formação e especialização

Para atuar na medicina esportiva do futebol, José Silvério detalha o percurso ideal: graduação em Medicina, residência em áreas como Ortopedia, Traumatologia, Fisiatria ou Clínica Médica, e pós-graduação ou residência em Medicina do Exercício e do Esporte, reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB).

Cursos complementares em fisiologia do exercício, emergências médicas, prescrição de treinamento, imagem musculoesquelética e nutrição esportiva também são recomendados.

“Essa formação permite atuar de forma integrada, sendo tanto clínico quanto gestor da saúde física e metabólica do elenco”, afirma Silvério. No Paysandu, o médico exerce funções de coordenação, planejamento e supervisão, garantindo que decisões sobre treinos e retornos de atletas sejam embasadas nos critérios científicos.

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Principais atendimentos

O médico de clube lida com demandas diversas: lesões musculares, articulares e tendíneas, monitoramento da carga de treinamento e fadiga, acompanhamento clínico geral, prevenção e reabilitação. Silvério destaca: “A maior diferença em relação ao consultório tradicional é o foco funcional e coletivo, com decisões rápidas e baseadas em desempenho, enquanto o atendimento ambulatorial clássico prioriza diagnósticos individuais e terapias de longo prazo.”

Evolução da medicina esportiva

Nas últimas duas décadas, a medicina esportiva passou por modernização e cientificização. O modelo centrado na lesão cedeu lugar a abordagens preventivas e preditivas, com monitoramento bioquímico, controle de carga de treino por GPS, termografia infravermelha e uso de prontuários eletrônicos. “Essas inovações transformaram o papel do médico de clube em gestor de saúde e performance, participando ativamente de decisões estratégicas que impactam o rendimento esportivo e o bem-estar dos atletas”, afirma Silvério.

Com a evolução da medicina esportiva, o médico de clube tornou-se peça-chave na sustentação do desempenho atlético e na longevidade da carreira dos jogadores. “No contexto do Paysandu, essa atuação representa o equilíbrio entre conhecimento clínico, tomada de decisão rápida e atualização científica contínua”, conclui o profissional.