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Em meio a guerra, paraense de Tailândia disputa torneio de MMA na Rússia: 'A gente confia em Deus'

Daniel Oliveira entre no octógono no próximo dia 21 de maio, pelo segundo torneio de maior prestígio no universo da lutas de artes marciais mistas. Ele vai acompanhado do treinador Zezé do Boxe

Luiz Guilherme Ramos
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O lutador paraense Daniel Oliveira, mais conhecido como Jubileu, disputa no próximo dia 21 de maio um das lutas do evento ACA, na cidade de Moscou, capital russa. É o retorno do atleta aos ringues, de olho na conquista do cinturão do segundo maior evento de lutas da terra, atrás apenas do UFC. 

Há cerca de três meses em preparação, o lutador tem intensificado o ritmo de treinos com o auxílio de uma equipe de lutas, comandada por Zezé do Boxe, experiente técnico de lutas, com mais de 50 anos de carreira. Zezé e Daniel embarcam neste final de semana para Moscou, onde acontecerá o evento. Mesmo com o clima de tensão e guerra entre Rússia e Ucrânia, o treinador diz que ambos estão confiantes quanto ao evento e quanto às questões de segurança. 

“De qualquer maneira, a gente fica preocupado, porque estaremos em um país em guerra e não sabemos como as coisas podem mudar. A gente confia em Deus e crê que tudo vai dar certo. Temos acompanhado os noticiários e soubemos que em Moscou não tem problemas, embora a situação seja preocupante. A gente vai procurar pedir informações de lá para cá, pois não falamos russo então vai ser difícil ficar perguntando muitas coisas. Se deus quiser, terminou o combate no outro dia a gente embarca de volta para cá", espera Zezé. 

Daniel com parte da equipe de treinamentos. (Igor Mota / O Liberal)

Sobre a preparação para o combate, o treinador diz que Daniel tem intensificado a parte de trocação e espera finalizar o combate sem a necessidade de fazer a luta no chão. "O MMA atinge várias modalidades e a gente está aqui para orientá-lo no boxe, na experiência para conduzi-lo no canto do ringue. E nossa experiência de 50 anos no boxe vai ajudar nesse sentido. Ele tem uma pancada fortíssima. Então temos que explorar o boxe dele, partir para o combate em pé e esperar que ele consiga finalizar".

Um dos responsáveis pelo treinamento de boxe é o professor Marcos Boto. Ele acredita que as características de luta do brasileiro possam beneficiá-lo no ringue. "O Jubileu é um atleta muito duro. E se tratando de uma luta contra um russo, geralmente eles são especialistas em sambo, ele está treinando muito jiu-jitsu, defesa de queda, e a especialidade dele, que é a mão pesada. Assim a ideia é neutralizar as quedas e trabalhar os golpes. Trabalhamos muito em cima disso, com a ideia que ganhe possivelmente até por nocaute", avalia. 

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Daniel tem 35 anos, começou no jiu-jitsu, depois passou a treinar boxe e muay thai. Possui 28 vitórias em seu cartel, com 12 vitórias, sendo 10 por nocaute e oito derrotas. Vem de origem humilde, saído do interior do município de Tailândia, no nordeste do estado. Além do gosto pelas lutas, Daniel é evangélico e tem em Deus a sua principal fonte de inspiração. 

Vou para a igreja, gosto da igreja, da palavra de Deus. É algo que me atrai muito. Deus me tirou de um mundo negro e hoje me colocou na luz. É por isso que eu sou muito focado nessa parte. Deus me leva para lugares que eu nunca imaginei. A honra e glória é para ele. Fora isso, tenho a minha família que me apoia muito. Minha mãe veio me visitar aqui, antes da minha viagem. Fazemos muita oração, pedimos proteção a Deus. Eles me incentivam muito, me dão força. Não tenho nem palavras", conta. 

Sob o comando do experiente Zezé do Boxe, daniel busca retomar o cinturão da categroai peso mosca. (Igor Mota / O Liberal)

Daniel disputará a luta na categoria mosca, até 61 quilos, e já lutou em diversos eventos de MMA no Brasil. "Fui o primeiro do ranking do peso galo do Brasil, cheguei a ser campeão na Rússia, lutei vários eventos aqui do Pará, Iron Man Fight. Meu contrato agora é na Rússia e vou dar o meu melhor". Esta não é a primeira luta de Daniel pelo evento de MMA. Anteriormente, o atleta já havia conquistado o cinturão na mesma categoria, mas devido a pandemia, ele não pode retornar ao evento para defender o cinturão e acabou perdendo a conquista. Agora, Daniel terá que vencer o adversário para ganhar a oportunidade de chegar novamente à conquista. 

"Não pude voltar da outra vez, mas conheço bem os lutadores de lá. Já tive a oportunidade de lutar contra seis lutadores da Rússia. Eu venci cinco deles e perdi apenas uma. A minha ida é para nocautear e voltar a disputar o cinturão, que, se Deus quiser, vai ser meu novamente", encerra. O evento ACA 139 acontece na madrugada do próximo dia 21 de maio. 

 

 

 

 

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