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Ex-jogadores da dupla Re-Pa relembram 'anos de ouro' do basquete paraense

Modalidade vive instabilidade; apenas Remo e Paysandu disputaram o estadual 2021

O Liberal
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O Campeonato Paraense de Basquete terminou nesta semana e o Paysandu se tornou bicampeão. Mais uma vez, a competição contou apenas com a dupla Re-Pa. Mas,a modalidade já teve uma “época de ouro” aqui no estado. A equipe de OLiberal, conversou com os ex-jogadores Paulo Seráfico e Sérgio Góes, para relembrar como era o esporte no tempo deles. 

Ex-jogador do Paysandu, Paulo Seráfico, que atuou como ala e armador, contou que nas décadas de 1960 e 1970, o campeonato era mais movimentado, com mais times na disputa e apesar de algumas equipes contratarem técnicos de fora do estados, a maioria dos jogadores eram locais.

“As equipes variavam anualmente entre Remo, Paysandu, Recreativa Bancrévea, Júlio César, Círculo Militar, Tuna, dentre outras. Times com ótimo nível técnico, ginásios lotados. Haviam dois turnos, com melhor de três partidas entre campeões de turnos”, lembrou Paulo. 

“Nós tínhamos apoio dos clubes, era uma rivalidade enorme, os campeonatos sempre com várias equipes”, pontuou Sérgio Góes, ex-atleta que jogou como ala no Remo. 

image Sérgio Góes (número 10) na equipe azulina (Arquivo Pessoal)

Sérgio é irmão de Edyr e Euclides Góes, jogadores que se tornaram ídolos paraenses na modalidade aqui dentro do Estado. Ele e os irmãos fizeram parte dos “anos de ouro'' do basquete.  

Para o ex-jogador do Remo o campeonato “paraense atual é péssimo". Ele ressaltou que é preciso mais atenção às categorias de bases do clubes para formar novos jogadores.

“Temos tantos meninos bons em Belém, tanto no Remo quanto no Paysandu. É preciso dar aos meninos experiências novas, jogar fora. Investir na garotada é o caminho, não é preciso trazer jogadores de fora, sou contra essas contratações. É igual ao futebol, virou uma vergonha”, declarou Sérgio.

Paulo Seráfico lembra de quando os clubes daqui eram “respeitados e temidos pelos adversários”. Para ele, um momento marcante na carreira foi o bicampeonato do Paysandu em 1975, em que ele decidiu o título. 

"No segundo turno, Paysandu era campeão do primeiro, o Remo estava vencendo por um ponto, faltavam dois segundos para encerrar o jogo. Sofri falta, tinha direito a dois lances livres, os converti e o Paysandu foi bicampeão. A torcida invadiu a quadra e foi festa total”, relembrou.

Quadro com a camisa, rede, fotos e medalha do título de 1975. (Arquivo Pessoal/ Paulo Seráfico)

Desde 2013, quando a Assembleia Paraense levantou o troféu, um time que não seja a dupla Re-Pa não ganha o campeonato paraense. Até 2018, a competição contou com outros clubes, mas a partir de 2019, apenas Remo e Paysandu disputaram o título. Seráfico pontua que esse cenário começou a se desenhar por volta de 1980. 

“A falta de apoio e de técnicos formadores de atletas foram motivos importantes para esse decréscimo do basquete paraense. Não existe um culpado. Todos os segmentos ligados ao basquete, devem se reunir em prol da melhora do basquete paraense”, finalizou Paulo Seráfico.

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