Sem público no estádio, clubes paraenses se reinventam para buscar arrecadação

Ingressos virtuais foram algumas das estratégias específicas para lidar com a queda de faturamento na pandemia

Nilson Cortinhas

A venda de ingressos ainda é um ‘motor’ para os clubes paraenses no aspecto faturamento.

No entanto, é essencial procurar uma nova forma de interação nesse período de futebol e pandemia, já que ainda não é possível ter público no estádio - por conta das medidas restritivas para evitar o novo coronavírus.

Uma estratégia que todos os clubes do futebol local adotaram serão as doações por meio de QR Code, divulgado pela emissora oficial do Campeonato Paraense durante os jogos. É uma forma do torcedor ajudar financeiramente, substituindo, em parte, a arrecadação da bilheteria.  

Ainda não há uma estimativa de arrecadação, no entanto, há uma perspectiva de mobilização dos torcedores para que o fato substitua, em parte, os recursos oriundos anteriormente com a venda de ingressos.

Paysandu

Do lado do Paysandu, a reportagem conversou com o presidente bicolor, Ricardo Gluck Paul. Ele comentou sobre o projeto de arrecadação em meio aos jogos. “O torcedor vai apontar o celular e fazer doações. Oportunidade de fazer doação, contribuir e entender o momento que o clube está passando”, disse.  Segundo ele, a estratégia remete a ingressos virtuais. “É possível comprar com antecedência, ter um ingresso virtual. São formas adaptadas à realidade da pandemia, considerando o fato de não termos renda de bilheteria. É uma grande alternativa para repor parte das receitas que perdemos”, avaliou.  

Remo

Geralmente, o trabalho de mobilização da torcida passa, inevitavelmente, pelo setor de marketing dos clubes. E durante os três meses em que o Pará teve que lidar com o auge da pandemia, o clube lançou uma série de projetos. Para o diretor de marketing azulino, Renan Bezerra, a situação foi exemplificada da seguinte forma. “Fizemos um trabalho de três ou quatro anos que aconteceram em três meses”, disse. Foi um complexo de ações voltadas a essa questão de pandemia”, avaliou.

Renan admitiu que até a questão dos patrocinadores se tornou ‘mais sensível’. Para amenizar estes e outros aspectos, foi realizada uma readequação no planejamento, com o lançamento de uma série de produtos -  máscara, álcool em gel, plano de sócio-torcedor especial para a equipe de pandemia, marca Rei. Por fim, a ideia do Ingresso virtual se aliou a viabilização de totens no estádio Baenão - ambas estratégias em que o torcedor paga pelo serviço. Segundo Renan, esta arrecadação contribuiu para deixar os pagamentos de salários em dia.

Bragantino

O diretor de marketing do Bragantino, Edivan Oliveira, assegurou que o clube se organizou para vivenciar o cenário atual – sem torcida e consequente queda na arrecadação. “Começamos a agir nesse período de pandemia. A ideia é que o torcedor se interesse mais e desse essa largada junto com a gente”, afirmou. Ele citou três ações como prioritárias: a primeira foi doação por meio de WR Code, sendo que o clube acordou que 10% do valor de cada doação será destinada para ajudar duas igrejas.

Outra medida foi o lançamento de ingressos virtuais, já pensando na Série D. “O torcedor garante descontos nos ingressos para quando retomar. Desconto de 30% a 50%”, explicou o profissional do Tubarão. Além disso, haverá o lançamento do Sócio-Torcedor Tubarão com valor fixo de R$30. “Sócio em atraso paga com desconto de 60%”, explicitou Edivan.

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