Saiba o que os clubes pensam sobre a sequência do Parazão

A sequência do Campeonato Paraense 2020 segue em suspense após a paralisação diante da pandemia do novo Corona Vírus. Como não há previsão para a retomada do convívio social e de resolução da doença, ninguém é capaz de cravar, de forma definitiva, o destino do certame estadual. Mas é possível prever. 

A Redação Integrada de O Liberal conversou com os representantes dos 10 clubes participantes. Alguns têm opiniões não definitivas, entre eles, o gestor do Itupiranga, Izaías Pereira, que dispensou os atletas, mas torce pela continuidade do campeonato em outro momento. 

É provável que haja uma reunião do Conselho Técnico, englobando clubes e a organizadora, que é a Federação Paraense de Futebol (FPF), após o dia 30 de março. A FPF, inclusive, está de recesso. A reunião técnica servirá para decidir a sequência ou não do campeonato. No momento, quatro clubes votariam pelo encerramento da competição, dois pela sequência e outros dois optariam pela anulação completa da competição. Há quem não tenha opinião formada.    

Quadro 

Sequência do  campeonato: Remo e Bragantino   

Opinião não definitiva: Tapajós e Itupiranga  

Encerramento: Paragominas, Castanhal, Paysandu e Carajás 

Anulação: Águia e Independente     

Ivanildo Gomes (Paragominas)

"A suspensão por uma força maior, de saúde, de calamidade pública, de cunho mundial, sendo assim,  o Paragominas também acataria o encerramento do Campeonato Paraense de Futebol mantendo a classificação que está ai, garantindo aos quatro (primeiros) os direitos das competições nacionais". 

Izaías Pereira (Itupiranga)

"É lamentável essa situação. Todos nós temos que nos prevenir. Nós, presidentes dos clubes, já dispensamos os jogadores. Os clubes menores não têm condições financeiras até mesmo de pagar. No final, pode ter um novo Campeonato Paraense. Queríamos a sequência do espetáculo. Vamos conversar com Federação, Governo do Estado para organizar um futuro campeonato ou próximo campeonato para 2021". 

Fábio Bentes (Remo)

"Nesse momento, a nossa posição é pela continuidade do campeonato assim que for possível. Se for o caso, em paralelo com o Campeonato Brasileiro. Foram feitos investimentos dos clubes, patrocinadores e o campeonato não pode terminar dessa forma. Seria melancólico. O máximo que uma equipe faria seriam três jogos. Em três semanas se resolve. Leva-se possibilidade de mudança do regulamento, como período de inscrição dos atletas. 

Helinho Junior (Castanhal)

A opinião do Castanhal é a seguinte: manteria a classificação da forma que está. Os quatro primeiros... Resolveríamos com a federação para disputar às finais. Ou então, daria o calendário nacional aos clubes. Defendemos o não rebaixamento. Em 2021, teríamos 12 equipes". 

João Galvão (Águia)

"O mais lógico seria a anulação do campeonato. Times que poderiam cair tinham como escapar. Nós poderíamos entrar no G4. Não tem como indicar ninguém para as competições nacionais. Ficaria como os anos anteriores". 

Ricardo Gluck Paul (Paysandu)

"É um problema complexo. A crença é que o campeonato não tem condições de continuar. Se voltasse em maio, 45 dias de paralisação é um prejuízo enorme. O campeonato não tem como se sustentar. Não pode anular o campeonato. Mais de 80% d a competição foi entregue. Se anular o campeonato, abre precedentes com base no Estatuto do Torcedor. O/ Paysandu vai manter o plantel para a Série C, já que acredita que o campeonato começa no mês seis. Defendo que o valor da meritocracia seja dividido entre os 10 clubes.   

Deley Santos (Independente)

"Não tem mais clima. Que o campeonato seja nulo". 

Sandicley Monte (Tapajós)

"O Tapajós paralisou às suas atividades. Mas, não rescindiu contrato com ninguém. A qualquer momento, pode retornar. Não acredito no retorno do Paraense. Mas, vamos aguardar" 

Cláudio Wagner (Bragantino)

"A expectativa é que retorne. Estamos aguardando. No momento, estamos trabalhando somente com o que é necessário. Esperamos que o campeonato seja concluído". 

Luiz Omar (Carajás)

"Já coloquei abertamente: eu acho que o campeonato não volta mais. E tem que ser dado por encerrado, como deve acontecer em vários estados do Brasil. Ano que vem, campeonato com 12 equipes. Os quatro que estão em cima sejam os representantes (em competições nacionais). O Paysandu seria proclamado campeão. Porto Alegre já fez isso".