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Paysandu e Remo: saiba quem são os candidatos de situação e oposição nas eleições presidenciais

Chapas se movimentam para definir representantes

Nilson Cortinhas

2020 é um ano eleitoral para Paysandu e Clube do Remo. Os mandatos de Ricardo Gluck Paul e Fábio Bentes, respetivamente, os atuais gestores de Papão e Leão, estão na reta final. 

Os grupos de situação e oposição em cada agremiação já trabalham abertamente objetivando a eleição. A seguir, há o detalhamento dos possíveis candidatos e de situações administrativas. 

Paysandu 

No Paysandu, em meio ao grupo que está no poder há quatro mandatos consecutivos, há um compromisso estabelecido para não se prolongar no poder. Tanto que nenhum ex-presidente saiu candidato à reeleição. É uma regra, digamos, verbal.   

Dessa forma, o atual presidente, Ricardo Gluck Paul, que obteve como marco o avanço nas obras do Centro de Treinamento do clube, não tende a ser candidato. E o discurso é enfático. "Não posso trair uma convicção e me reeleger, perdendo a oportunidade de fortalecer o conselho", afirmou. "Não é a hora. Não estou pensando em eleição e não é demagogia. Tem gente desesperada, atuando e fazendo confusão em rede social. Trabalhando no pior momento possível. Os caras estão questionando transparência, idoneidade no momento que devíamos estar todos unidos. Eles poderiam estar ajudando o Paysandu e não o Ricardo", ressaltou. "Nosso foco é 100% nessa crise que se instalou, que é uma crise de todos os segmentos", ressaltou. 

Apesar das ressalvas do atual líder, a lógica é que um vice-presidente encabece a chapa da situação. E o problema reside exatamente nesse ponto. Os vices são Maurício Etinger e Ieda Almeida. Nenhum se colocou abertamente como candidato. Em contato com a reportagem, inclusive, Ieda foi clara. "Ainda não tenho como me candidatar a presidente. Preciso, primeiro, organizar um pouco mais a minha vida e, em outro momento, quem sabe isso poderá ser possível", disse. Ieda é professora e proprietária de uma rede particular de ensino.

Nesse campo de indefinição, surgiu a chapa publicamente liderada por Luiz Omar Pinheiro. "Não sou candidato a presidente, não disse isso, disse que faço parte de uma chapa raiz", colocou o ex-presidente bicolor entre os anos de 2009 a 2013. Luiz Omar disse que a composição tem Ricardo Rezende, Toninho Assef e outros bicolores. "Vai sair um nome de um candidato a presidente. Podemos até perder eleição, mas vamos disputar", garante.

image Luiz Omar (Cristino Martins / O Liberal)

Questão de regimento

O impasse bicolor é complexo, que impacta diretamente na escolha do candidato a presidente. A reportagem apurou que a ideia por trás do troca-troca de presidentes é fortalecer o Conselho Deliberativo, com vários ex-presidentes. 

Uma mudança no regimento interno deu ao Condel a atribuição de delimitar o planejamento estratégico do clube - e a diretoria, liderada pelo presidente, lida com a atribuição apenas de executar a estratégia, previamente, montada. O detalhe é que um ex-presidente sempre irá compor o conselho. É uma regra do estatuto alviceleste. Neste contexto, haveria o trabalho da gestão, apoiada por vários ex-presidentes. Esse modelo funciona em empresas com conselho de administração e de capital aberto. 

O atual presidente do clube, Ricardo Gluck Paul, já foi o gestor do conselho. Ele falou sobre a nova configuração e crê que o clube ainda precise alinhar a questão internamente. "Não funciona na plenitude, mas as regras estão claras. Isso é uma cultura que leva algum tempo", avaliou.

Clube do Remo 

No Remo, o atual presidente, Fábio Bentes, que eliminou entraves administrativos antigos do clube, como salário atrasado, avaliou que a tendência é que o seu ciclo se encerre no final deste ano, no entanto, admitiu que a ideia inicial pode mudar. "Não é minha intenção (concorrer a reeleição). Mas nunca digo nunca. É muito desgaste na vida pessoal e profissional", reiterou.

Segundo Fábio, na hipótese de não se consolidar como candidato, a situação lançará um nome para dar continuidade ao trabalho. "Mais importante que o nome é conseguir manter a filosofia de trabalho. Estamos conseguindo fazer aquilo que nos comprometemos", considerou. Os pilares da atual gestão perpassam por quatro medidas prioritárias: organizar administrativamente, encaminhar a quitação das dívidas trabalhistas, montar times competitivos dentro da realidade financeira, além de melhorar a estrutura do clube. "Eu sinceramente, no momento, não estou pensando muito nisso (eleição). Em meio a pandemia e essa total indefinição, meu foco está sendo manter o clube. Lá na frente penso nisso", concluiu Bentes, deixando uma certa indefinição no ar. 

Se Fábio não vier candidato, um nome ventilado no Baenão como possível sucessora é de Aline Porto, que integra a atual administração no cargo de diretora de patrimônio. Ela, por uma questão de hierárquica, espera uma definição do atual gestor.  "Eu nem penso nisso, na verdade, porque tenho fé em Deus que o Fábio vai mudar de ideia", colocou, expondo uma questão de ordem pessoal e profissional que carece de resolução caso decida lançar o seu nome. "Eu sou militar, então não depende só de mim. Eu teria que ter autorização do meu superior, pois é um cargo (presidente) de muita visibilidade", frisou.

image Aline Porto é diretora de patrimônio do Leão, Aline Porto. Ela participou de uma matéria nos Dias das Mulheres, ao lado da bicolor Ieda Almeida 

 

 

Contrário

Na oposição, já há um pré-candidato. É o advogado Marco Antônio Pina, o Magnata, que já iniciou uma espécie de campanha. "Estou interagindo e mudando um pré-julgamento a meu respeito dentro do clube. Tenho apoio de conselheiros, beneméritos e da ala jovem do clube", afirmou Magnata, que foi derrotado por Fábio Bentes na eleição e 2018. O advogado foi terceiro lugar. De acordo com ele, a chapa viria para se consolidar como uma alternativa viável. "Estou debatendo com os sócios. Eles me perguntam, me colocam na parede. É um apoio legal, dentro de uma pauta de honestidade e sinceridade. Temos algumas ideias pontuais, faltando apenas transformar em propostas", avisou Magnata. 

A prioridade da chapa de oposição é o investimento significativo na formação do atleta. "Estou conversando com alguns dos melhores profissionais da área do Estado, em torno da elaboração de um projeto para a estruturação da base só clube, além de termos outras ideias para trazer dinheiro novo ao clube, visando um Remo do futuro". 

image Magnata indica que será oposição (Claudio Pinheiro / O Liberal)
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