O clássico começa em casa! Conheça os 'gêmeos Re-Pa' e como é o convívio em meio à rivalidade

Os gêmeos João Paulo e Paulo Augusto decidiram seguir caminhos diferentes nas escolhas dos times de coração

Fábio Will
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O clássico Re-Pa é recheado de histórias, dentro e fora de campo. A equipe de O Liberal conversou com os gêmeos João Paulo Squires (Remo) e Paulo Augusto (Squires), que desde cedo carregam a rivalidade entre Leão e Papão desde criança.

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Os dois escolheram a mesma profissão, são designers, são parceiros, mas no quesito futebol, quis o destino que cada um fosse para o lado no clássico entre Remo e Paysandu. João Paulo decidiu escolher o azul-marinho da Avenida Almirante Barroso. Já Paulo Augusto optou pelo azul celeste e convivem muito bem com suas escolhas.

“Em casa é bem tranquilo, a rivalidade tem, ela existe, mas nada que vá ao extremo. É aquela discussão de jogo sadia, sem essa de rivalidade extrema. Pelo fato de termos essa diferença desde pequeno, o respeito veio desde cedo. É diferente de alguns amigos, que tem aquele calor da rivalidade. Eu respeito o lado dele, ele também respeita o meu, fica aquela discussão pós jogo, termina aí”, disse João Paulo, o torcedor azulino.

image Os irmãos buscam o respeito nas zoeiras (Carmem Helena / O Liberal)

Já Paulo Augusto, torcedor alviceleste, disse que o respeito é uma forma bem legal de convivência quando se trata de Remo x Paysandu. A encarnação, a zoeira e as brincadeiras de forma correta sempre irá existir e, dessa forma, o clássico Re-Pa é encarado dentro da família Araújo Squires.

“Nós nunca tivemos um embate forte em casa. Sempre teve essa encarnação dos dois lados. Eu entendo a revolta dele e ele a minha. Então a gente nunca chega a brigar, mas conversamos sobre o jogo e é de boa. Eu sei como é o Paysandu perder e o clássico e ele o Remo. A zoeira acontece, em casa a comemoração acontece e a gente tomando uma cerveja juntos”, comentou Paulo Augusto, torcedor bicolor.

Memória afetiva

Filhos de uma mãe torcedora do Paysandu e de um pai tunante, o futebol sempre teve destaque dentro da família Araújo Squires. O remista João Paulo conviveu por toda a vida ao lado da Curuzu, local onde foram criados. João Paulo falou da importância do pai, no quesito futebol, que sempre o acompanhou e que essa é uma de suas melhores memórias afetivas.

“Desde pequeno vou ao estádio com o meu pai e a memória que tenho é essa, de ir para o jogo, assistir junto no Baenão, aquele sol quente. Eu acostumei [morar ao lado do Estádio da Curuzu], dizer que legal, não é, mas já acostumei. O bom que o Baenão é bem próximo também, dá pra ouvir a torcida gritando, as luzes acesas. Acostumei ao lado da Curuzu, mas é tranquilo”, falou, João Paulo.

O bicolor Paulo Squires já achou um barato ter crescido ao lado do Estádio da Curuzu. Ouvir o grito da torcida da janela de casa, é uma das suas memórias afetivas mais marcantes.

“Eu morava ao lado da Curuzu então eu cresci vendo e ouvindo os jogos. Minha memória afetiva é crescer ouvindo a torcida do Paysandu da janela de casa, ter aquela expectativa de ouvir o gol, a torcida cantando”, disse, Paul Augusto.

Clássico deste sábado

O Remo vive um momento melhor antes do clássico. O Leão Azul está na 7ª posição na tabela da Série B com 20 pontos conquistados e colado ao G4, brigando pelo tão sonhado acesso à Série A, competição que o Remo não disputa desde 1994. Para o João Paulo, o Leão Azul é o amplo favorito para vencer o clássico Re-Pa. Segundo João Paulo, o Remo possui um elenco mais qualificado e um clima interno muito bom, controlado e sem a pressão vivida pelo Paysandu.

“O Remo é o favorito para esse clássico e tem a obrigação de vencer. Sabemos que clássico é isso, mas o Remo vive um melhor momento, tem o melhor elenco e o clima está bom. É chegar no clássico e ganhar, não tem outro jeito e mostrar que não está na parte de cima [da tabela] por sorte”, disse.

Já pelo lado do Paysandu, o clima deu uma melhorada depois da primeira vitória do clube na Série B. O Papão derrotou o Botafogo-SP, mas mesmo assim permaneceu na difícil lanterna da competição com apenas 7 pontos conquistados. Para o torcedor bicolor Paulo Augusto, uma vitória no Re-Pa levanta a moral bicolor, pode deixar o clube perto de deixar a zona de rebaixamento, além de passar a pressão total para o Remo.

“Vamos bagunçar esse negócio aí [ambiente do Remo]. No clássico [Re-Pa], quem está bem e perde a partida, o jogo vira. Quem estava bem começa a ficar em crise e o outro que estava em crise fica em ascensão. Então nossa ideia é melhorar na tabela e também bagunçar o outro lado [o ambiente do Remo]”, finalizou.

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