Maracanã 70 anos: Rondinelli torce pela volta dos geraldinos: 'Poderiam ofertar um valor acessível, popular' Em entrevista ao LANCE!, o "Deus da Raça" relembrou os momentos vividos no Estádio do Maracanã, o apoio da torcida do Flamengo, e o dia em que atuou ao lado do Rei Pelé Matheus Dantas 16.06.20 8h11 () Formado nas divisões de base da Gávea e jogador profissional do Flamengo entre 1971 e 1981, Rondinelli, o "Deus da Raça", está entre os atletas cuja história está ligada ao Maracanã, o estádio que completa 70 anos nesta terça-feira, dia 16 de junho. Acostumado a atuar pelo Rubro-Negro com públicos superiores a 100 mil, entre "geraldinos" e "arquibaldos", o ex-zagueiro faz coro pelo retorno de setores populares no histórico palco do futebol mundial. Rondinelli, em entrevista ao LANCE!, lamentou que se tenha abdicado da presença dessa parcela popular da sociedade com as reformas do Maracanã. - Dentro de qualquer campeonato, especialmente o Carioca, poderiam ofertar um valor acessível, popular, para que esses torcedores pudessem estar ali, relembrando toda proeza que é assistir um jogo nas pontas dos pés para ver os lances reais do jogo. Isso seria bem louvável. O ser humano faz coisas que possam favorecem algumas outras pessoas. Infelizmente, eu não acredito que essa situação vá se popularizar (criação de setores populares no Maracanã), que vão dar oportunidades aos geraldinos - comentou Rondinelli, aos 65 anos. Autor do gol do título do Carioca de 1978 - o primeiro da geração que conquistaria o Braisl, a América e o mundo nos anos seguintes - o ex-zagueiro teve a honra de colocar os pés na Calçada da Fama do Maracanã. Um dos vários homenageados ao lado de Pelé, Marta, Garrincha, Zico e Beckenbauer, entre outros, Rondinelli lamentou o episódio em que o Governo do Estado e a administração do Maracanã perderam parte das peças (73 foram recuperadas em fevereiro de 2019 e parte delas voltaram a ser expostas no estádio a partir de março do ano passado). Por fim, o ex-defenso pediu maior valorização aos atletas, de todas modalidades, para que os mesmos possam ser espelhos para os jovens por meio do esporte. - Para mim, é um reconhecimento, uma honra deixar o pé na Calçada da Fama (do Maracanã). Acredito que todos que tiveram esse privilégio ficam muito tristes em saber o que se passou. Espero que resgatem todas e façam prevalecer, que valorizem as histórias. Não são apenas jogadores, mas todos atletas que fizeram história por lá. Que acordem um dia e valorizem tudo isso para que seja um espelho para a juventude - afirmou o ídolo do Flamengo. Confira outras declarações do ex-zagueiro Rondinelli, do Flamengo, ao L!: Sobre o apoio da torcida rubro-negra no Maracanã: Rondinelli: "A nossa chegada pelo portão de 18, era uma coisa incontestável. Nossos jogos costumavam ser às 17h. Por volta das 14h30 chegávamos ao Maracanã e os torcedores já estavam perfilados na entrada do ônibus. A energia daquele torcedor da geral, aquilo já era um combustível imensurável. E isso sempre foi uma constância. Tínhamos todo o suporte de uma administração que o Flamengo fez para chegar onde chegou, e o 12º jogador era a nossa torcida. Dentro do vestiário antigo, ali se aquecendo, vestindo o uniforme, já se ouvia aquela oração: "Mengooo, Mengooo!". Era uma loucura, eles já estavam prontos quando subíamos para o gramado. Se alguém fizer um levantamento do que é servir essa entidade, meu irmão. Você olhava aquilo, a antiga geral, o diferencial era muito grande. Um negócio de doido. Infelizmente se aboliu, se abdicou da representação dos geraldinos. Hoje, infelizmente, não existe mais." Sobre ter atuado na única partida em que Pelé defendeu o Flamengo, em 6 de abril de 1979, no Maracanã, em jogo beneficente contra o Atlético-MG: Rondinelli: "O carinho, a carisma que o Pelé tem é um negócio que contagia qualquer um. A simplicidade dentro do vestiário, o tratamento com todos. Dentro de tudo que observamos (naquele momento), uma pessoa simples, admirável, de aceitar aquela convivência momentânea. Ele ter ido à Gávea fazer parte do coletivo. Fui um privilegiado. Meu avô me levava para vê-lo. Mesmo sendo palmeirense, ia ver o Santos, pois ele gostava do Pelé. Ficava bobo com tudo que ouvia no rádio e queria ver. Viu pela primeira vez e achou absurdo. Como eu adorava jogar futebol, coisa de criança, ele me pegava e me levava. São coisas marcantes. Era palmeirense e ia aos jogos do Santos ver o Pelé." Sobre ter participado da história do Maracanã como parte de um dos times mais brilhantes do Flamengo e do futebol brasileiro: Rondinelli: "Se tratando do Maracanã, é muito prazeroso para mim, e falo em nome da Geração Zico, pois o futebol é um esporte coletivo. Não posso falar do individual. Aquele gol de 78 é de um conjunto de pessoas. Do Zico ter a percepção de pegar aquela bola e colocar na área. A pressa do nosso amigo Tche, uruguaio (fotógrafo que escorou a bola para Zico ao ela sair do gramado)... São detalhes que me faltam adjetivos. A estrada foi longa, mas valeu a pena. E não havia palco melhor para absorver a quantidade de pessoas como nas finais do Carioca, do Brasileiro, contra o Atlético extremamente qualificado, que precisamos demonstrar pela qualidade e coletivo que seríamos campeões. Foi com a garotada e a mescla com Carpegiani, Adão, uma diretoria totalmente voltada para as conquistas." 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