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Evento reúne especialistas para debater o mercado de SAFs no futebol paraense

Participaram da reunião, promovida pela AAPA, jornalistas, advogados e dois convidados: um investidor e o autor intelectual da lei de SAFs.

Caio Maia
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A Associação de Advocacia Paraense (AAPA) realizou na noite desta segunda-feira (11) um evento que discutiu a lei da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) e o futebol paraense. Se reuniram, em um restaurante da capital, dois palestrantes, juntamente com advogados e jornalistas, para debater o tema.

Quem conduziu a conversa foram dois especialistas no assunto: o advogado Rodrigo Monteiro de Castro - um dos autores intelectuais da lei da SAF - e o economista Rodolfo Riechert - investidor do futebol. Eles discursaram por alguns minutos e responderam perguntas de convidados, entre eles os jornalistas do Grupo Liberal Carlos Ferreira e Abner Luiz.

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Além dos debatedores, participaram do encontro membros dos dois maiores times do estado: Remo e Paysandu. Esteve do lado azulino o presidente Fábio Bentes e do lado bicolor o ex-vice-presidente Felipe Fernandes.

Discussões

Segundo Carlos Ferreira, a Copa Verde é um excelente caminho para que Remo e Paysandu possam atrair olhares positivos de investidores. Ele diz que o torneio, que tem como premissa a sustentabilidade, é um importante meio de coletar o capital ambiental do mercado.

"Qualquer torneio que tenha esse engajamento vai agregar valor. Grandes empresas estão em busca disso e a Copa Verde pode ser um caminho para a profissionalização. No entanto, é importante avaliar que Remo e Paysandu são clubes movidos pela paixão, diferente da SAF, que deve ser movida pela razão. Vamos seguir nessa até eles acharem um consenso", disse.

image Carlos Ferreira debateu em evento de SAFs no Pará (Cláudio Pinheiro/ O Liberal)

Abner Luiz concordou com a avaliação e citou outro fator que pode ajudar no profissionalismo do futebol paraense: o ambiente. Segundo ele, estamos vivendo um bom momento político dentro das entidades que controlam o esporte no estado, o que pode atrair mais investidores.

"O pensamento primordial deve ser a profissionalização, mas você não consegue ter isso se não conseguir pagar. Eu penso que o momento do nosso futebol e a forma como tem sido cuidado apresenta um caminho importante para que a gente chegue em outro patamar. Acho que a SAF é o caminho para chegar nesse profissionalismo e, em seguida, obter resultados práticos", afirmou.

image Abner Luiz participa de evento de SAFs no Pará (Cláudio Pinheiro/ O Liberal)

SAF no Brasil

Segundo os palestrantes, o futuro do futebol brasileiro será a SAF. De acordo com Rodrigo de Castro, a nova lei proporciona aos clubes, investidores e torcedores subsídios para que as agremiações cresçam dentro de um mercado competitivo.

"Imagina um leãozinho que vive num cativeiro e não consegue sobreviver na natureza. Era assim que ocorria com os clubes com a antiga lei do clube-empresa. Na SAF você cria um habitat, formas para que esse leãozinho se torne um leão forte um dia. Aqui temos o instrumental para que o clube possa seguir sua vida no mundo empresarial", avaliou.

image Rodrigo de Castro (à esquerda) e Rodolfo Riechert (à direita) são os palestrantes do evento de SAFs no Pará (Cláudio Pinheiro/ O Liberal)

Quem corrobora com essa opinião é Rodolfo Riechert. Ele afirma que a lei da SAF, ao contrário da legislação do clube-empresa, oferece condições atrativas de investimento. Segundo ele, antes da legislação, os modelos nos quais os clubes eram constituídos não eram sustentáveis.

"Os clubes antes eram pobres e quem faturava era quem estava em volta. A lógica não era positiva para investimento e as agremiações eram vistas apenas como uma forma de 'se dar bem'. Agora não existe um dono de time que quer só ganhar título. Ele quer ganhar títulos, mas também aumentar as receitas, com as categorias de base, bilheteria e propaganda", explicou.

A Associação

A AAPA é uma organização recém-criada no estado. Baseada em outras associações de advogados que existem pelo Brasil, a entidade busca defender os interesses corporativos da categoria no Pará.

"Aqui temos duas grandes organizações: a OAB e o Instituto de Advogados do Pará. No entanto, precisávamos de algo mais próximo do profissional. Hoje fizemos o primeiro evento e pensamos em seguir a temática do futebol, devido à proximidade com o jogo do Brasil e a discussão de SAFs pelo país", disse Clóvis Malcher Filho, presidente da AAPA.

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