Jornalistas do Grupo Liberal projetam expectativas para o clássico Remo e Paysandu na Série B
André Laurent e Carlos Ferreira, da TV Liberal, além de Bad Boy e Abner Luiz, da Rádio Liberal +, compartilharam suas visões e destacaram os principais pontos a serem observados no Re-Pa deste sábado
A última vez que Remo e Paysandu se enfrentaram pela Série B do Campeonato Brasileiro foi há 19 anos, em 31 de outubro de 2006, quando o Leão venceu por 3 a 1. Neste sábado (21), às 18h30, o clássico Re-Pa retorna à segunda divisão do Brasileirão, no mesmo palco daquele duelo histórico, quase duas décadas depois.
Para celebrar esse reencontro, o Núcleo de Esportes de O Liberal reuniu seus jornalistas mais especializados no tema para oferecer uma análise aprofundada sobre a partida e as expectativas para este aguardado clássico, que volta à Segundona após 19 anos. André Laurent e Carlos Ferreira, da TV Liberal, além de Bad Boy e Abner Luiz, da Rádio Liberal +, compartilharam suas visões e destacaram os principais pontos a serem observados no Re-Pa deste sábado.
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Uma palavra que se destacou na análise geral e foi unânime entre os quatro jornalistas foi: imprevisibilidade. O apresentador do Globo Esporte, André Laurent, iniciou a análise destacando o quão especial é o retorno do Re-Pa à Série B e comentou sobre as realidades distintas que Remo e Paysandu vivem na competição.
“Esse clássico é muito aguardado pela longevidade. É um Re-Pa que está chegando a 779 confrontos, mas este é especial porque está voltando a acontecer na Série B. E as equipes vivem momentos muito distintos, o que torna o clássico ainda mais imprevisível. Além disso, as mudanças recentes nas comissões técnicas do Paysandu e do Remo criam um cenário de grande incerteza. Não é possível fazer previsões definitivas, mas é importante considerar que essas mudanças influenciam diretamente o que pode ser apresentado neste clássico”, comentou André.
O colunista Carlos Ferreira falou sobre o quanto o clássico é aguardado por torcedores, imprensa e amantes do futebol de todo o Brasil. Ele destacou que o Re-Pa é o jogo mais importante da rodada da Série B, não apenas pela rivalidade histórica, mas também pelo ambiente criado em função dos momentos de renovação que as equipes vivem na competição.
“Esse Re-Pa vai dizer muita coisa! Primeiro, é o principal jogo da rodada da Série B, não tenho a menor dúvida, causando grande expectativa no país, por toda a grande propaganda que se faz da rivalidade entre Remo e Paysandu. O jogo se torna ainda mais especial porque marca o início de um ciclo no time bicolor com Claudinei Oliveira, que já ganhou crédito com a vitória sobre o Botafogo, e no time azulino, com Antônio Oliveira”, afirmou Ferreira.
O radialista Bad Boy, da Rádio Liberal+, voltou a bater na “tecla” da imprevisibilidade e destacou que não existe favorito quando se trata de clássico, e no caso do Re-Pa, o respeito entre as instituições é fundamental. Ele relembrou jogos entre Remo e Paysandu em que tudo indicava um resultado, mas o desfecho foi completamente diferente do esperado.
“Quando se trata de Remo e Paysandu, não existe favorito. Já vi o Papão, campeão brasileiro de 1991, entrar em campo e os cronistas da época diziam que o time, por ser campeão, era favorito. Aos 45 minutos do primeiro tempo o Remo já vencia por 2 a 0. No Campeonato Paraense deste ano, o Leão estava embalado vivendo um momento melhor, ganhou nos pênaltis, mas perdeu o jogo. Então, falar em favorito no clássico? Não existe. O que quero dizer é que, quando essas duas camisas se enfrentam — a listrada bicolor e a azul do Remo — o respeito é fundamental”, disse o radialista.
Ainda falando sobre favoritismo, o jornalista Abner Luiz analisou os momentos dos dois times e apontou o Remo como favorito. Apesar de o favoritismo não garantir o resultado, o fato do time azulino estar mais organizado e realizando uma Série B melhor que o rival pode prevalecer e até mesmo indicar o desfecho da partida.
“Se a gente for olhar pelos números, pelo momento, pelo plantel, pelo entrosamento, pelo ‘azeite na máquina’, o Remo é o favorito para o clássico contra o Paysandu. E eu aponto isso por tudo isso que mencionei. Penso que o Remo tem a obrigação de vencer esse jogo. A obrigação do Remo é vencer esse jogo. Fora isso, tem a mística do Re-Pa, os deuses do futebol e tudo mais. Eu respeito essa mística, sempre respeitei. Mas vejo que clássico tem favorito sim, quando você chega com mais pontos, quando está em melhor condição. Se dentro de campo for diferente, aí é o futebol”, explicou o jornalista.
O radialista concluiu falando sobre o que seria a grande surpresa neste clássico: uma vitória do Paysandu. Ele apontou as dificuldades do time bicolor e comentou sobre as deficiências que o clube enfrenta, como a falta de entrosamento e o pouco tempo de adaptação ao trabalho de Claudinei Oliveira.
“Uma grande surpresa para mim seria o Paysandu ganhar o jogo. Que o Paysandu seja coeso do início ao fim, que mantenha a condição física até o final e não tenha dificuldades de entrosamento. Trocar mais de três passes, o que foi difícil na partida que venceu dentro de casa contra o Botafogo de Ribeirão. Para mim, isso seria muita surpresa”.
Já do lado do Remo, não seria surpresa mais um tropeço do Leão. “Para mim, não seria surpresa o Remo sair na frente e depois se acovardar, fazendo o torcedor sofrer até o último minuto, esperando a bola entrar ou não. Isso tem sido a cara do time na competição. Para quem gosta de futebol bem jogado, é detestável. Acho que o time se apequena muito. Isso foi inclusive o motivo de o Remo não ter vencido uns dois ou três jogos fora de casa.”
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