Em reunião, oito clubes assinam documento para a criação da Liga de Futebol Brasileiro
Ao todo, 23 representantes de times da Série A e B estiveram no encontro. Na próxima semana, haverá uma nova reunião
A Liga do Futebol Brasileiro (LIBRA) ganha novos capítulos e chances de ser uma realidade aqui no país. Nesta terça-feira (03), uma reunião foi realizada em São Paulo para discutir assuntos sobre a criação da nova entidade. Neste encontro, oito clubes assinaram um documento que visa a formação da organização.
Bragantino, Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Santos, São Paulo , o Cruzeiro, que está na Série B, e a Ponte Preta assinaram o documento. Agora, uma nova reunião com os 40 clubes da Série A e B do Brasileirão vai ocorrer na quinta-feira (12), na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro.
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Os principais interessados na criação da Libra, é o grupo formado pelo Flamengo, Bragantino, Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo. Os principais investidores da liga são, até o momento, a empresa Codajas Sports Kapital e o banco BTG.
Ao todo, 23 representantes de clubes estiveram presentes na reunião, sendo 18 da Série A e cinco da segunda divisão.
Apesar das chances reais para a criação da Liga, alguns clubes não estão satisfeitos com algumas cláusulas do bloco dos cinco times paulista e do Flamengo. O presidente do Athletico-PR, Mário Celso Petraglia, disse que a reunião foi marcada de surpresa e ainda vai conversar com o seu bloco para decidirem sobre a organização.
“O Athletico vai ouvir o seu Conselho e, se estiver de acordo com os nossos princípios, assinaremos, desde que fique claro que a fundação será dos 20 [clubes]. E não iremos a reboque dos seis (Flamengo, Bragantino, Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo). O que nós queremos é dividir melhor e não o Flamengo ter 70 vezes o valor do Athletico-PR em pay-per-view. Agora eles precisam dos outros 18 para fazer um produto que é o Campeonato Brasileiro. E querem ficar, como sempre, com tudo”, disse Mário Celso Petraglia.
Uma das principais divergências entre os clubes é na divisão dos contratos de TV. A empresa Codajas sugere que seja de 40% dos valores fixos, 30% variável pela performance dentro de campo e mais 30% pela audiência. O bloco “Forte Futebol'', que foi criado por dez clubes “emergentes” da Série A, prefere que o sejam 50%, 25% e 25%.
Esses detalhes devem ser acertados na próxima reunião. O presidente do Santos, Andrés Rueda, está confiante que, depois do encontro, a Libra será criada.
“Os 40 clubes são a favor da criação da liga. Agora é só acertar as arestas e dia 12, com certeza, será uma grande festa na CBF”, declarou o dirigente.
(Aila Beatriz Inete, estagiária, sob supervisão de Pedro Cruz, coordenador do Núcleo de Esportes)
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