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CBF nega qualquer irregularidade em relação ao cargo de vice-presidente de Ricardo Gluck Paul

O vice-presidente da FPF‑PA, Reginaldo Souza, apresentou ao Ministério Público do Pará uma denúncia que questiona o acúmulo de cargos por Gluck Paul

O Liberal

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou um memorando oficial nesta quinta-feira (1º) em resposta às denúncias envolvendo o vice-presidente da entidade, Ricardo Gluck Paul, que também preside a Federação Paraense de Futebol (FPF‑PA).

O vice-presidente da FPF‑PA, Reginaldo Souza, apresentou ao Ministério Público do Pará uma denúncia que questiona o acúmulo de cargos por Gluck Paul. Segundo Reginaldo, o artigo 151 do Estatuto da CBF limita a 180 dias a permanência simultânea em cargos executivos na confederação e em federações estaduais, mediante a licença protocolada oficialmente, passível de renovação por mais 180 dias.

A CBF, entretanto, afirma que o Estatuto vigente desde 2017 não impõe esse limite e que não há qualquer impedimento legal ou estatutário para que Ricardo Gluck Paul exerça ambas as funções ao mesmo tempo, usando ainda como base o artigo 208 da Lei Geral do Esporte, que diz:

"É vedado aos administradores e aos membros de conselho fiscal de organização que se dedica à prática esportiva o exercício de cargo ou função em organização esportiva que administra ou regula as modalidades praticadas por aquela organização.”

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Além dessa controvérsia, Reginaldo Souza acusa o uso indevido de sua assinatura na convocação da Assembleia Geral Ordinária da FPF‑PA, realizada em 30 de junho. Ele também aponta possíveis irregularidades administrativas, como contratos com empresas ligadas à esposa do presidente da federação e suspeitas de fraudes contábeis.

Em resposta oficial, a FPF‑PA negou todas as acusações, afirmando que os atos administrativos seguem rigorosamente a legislação vigente e que as denúncias têm motivação política para desestabilizar a gestão atual.

O caso está sob investigação do Ministério Público do Pará e pode gerar desdobramentos judiciais nos próximos meses. Até o momento, Ricardo Gluck Paul mantém os dois cargos, amparado pelo respaldo público da CBF.