Vídeo: jogador cai e é socorrido após ficar enroscado em linha de pipa em jogo do Brasileirão
A partida teve que ser paralisada diversas vezes em razão da forte incidência de pipas no Castelão
Uma cena inusitada ocorreu durante a partida entre Maranhão Atlético Clube (MAC) e Maracanã-CE, neste último sábado (19), no estádio Castelão, em São Luís-MA. Enquanto estava próximo à área do gol adversário, o lateral-direito Igor Nunes do MAC foi vítima de uma linha de pipa que se enroscou em seu pescoço. Nesse momento, os jogadores de ambos os times se aproximaram para ver Igor que estava deitado na grama do estádio.
Segundo o árbitro da partida, o baiano Jailton Moura Silva Filho, a partida de futebol que representou a 13ª rodada da Série D do Campeonato Brasileiro precisou ser paralisada. Apesar de não parecer ser algo incomum, esta não foi a primeira vez em que o árbitro teve que parar o jogo, a partida foi paralisada outras diversas vezes no Castelão por conta da forte incidência de pipas que estavam voando pelo estádio. Assista:
"Interrompi o jogo aos 47 minutos do segundo tempo para atendimento ao jogador da equipe do Maranhão, o jogador de número 02, senhor José Igor Nunes Lima, após o mesmo ter enroscado o seu pescoço em uma linha de 'pipa', que caiu no campo de jogo vindo de fora do estádio”, informou o árbitro da partida de futebol.
Após o acidente no Castelão, o atleta necessitou de atendimento médico, mas depois conseguiu retornar para a partida normalmente e não sofreu ferimentos graves. “Pensei que tinha me ferido, mas graças a Deus não aconteceu nada. Fica o alerta pro pessoal que gosta de brincar [de pipa], pois em dia de jogo nós estamos aqui no campo e pode acontecer algo pior”, disse o jogador em entrevista ao GE.
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Legislação sobre pipas
No estado do Maranhão, há duas legislações que envolvem as brincadeiras de pipas e uma delas é o decreto estadual de nº 38.234, que está em vigor no próprio estádio Castelão. Ele proíbe que pipas sejam soltas no entorno do local nos dias em que forem realizados jogos, a fim de prezarem pelo cuidado, defesa e segurança dos torcedores e jogadores da partida de futebol.
Além do decreto, existe ainda a lei estadual nº 11.344 de 2020, sancionada pelo governador Flávio Dino, que proíbe qualquer fabricação e comercialização de linhas com cerol, sob a responsabilidade de fiscalização do próprio Procon. Essa legislação, inclusive, foi baseada no artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor, que assegura a proteção da vida contra os riscos provocados por práticas perigosas.
(Victoria Rodrigues, estagiária de Jornalismo, sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web em Oliberal.com)
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